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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

NÃO ESTOU AQUI PARA PEDIR VOTO PARA NINGUÉM, DIZ BOLSONARO LEANDRO DUARTE

Honesto, cristão e patriota. Essas são as credenciais que um presidente da República deveria possuir, na visão do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Em entrevista exclusiva, o pré-candidato ao posto mais importante do Poder Executivo do Brasil deixa claro o seu jeito de governar: "Voto é problema de vocês. Eu quero, se chegar lá, ser isento, e fazer o meu trabalho. Se achar que é melhor ir com os outros, votem neles". Na entrevista – a terceira da série com os pré-candidatos à Presidência – o parlamentar fala ainda sobre reforma política e avalia a área econômica do governo Temer. Qual a sua avaliação sobre o atual momento da política brasileira? O político brasileiro está colhendo o que plantou. Aqui dentro não existem as cores verde e amarela. Existem o verde e o vermelho. Verde de dinheiro e o vermelho de ideologia. Estamos aqui cavando a própria sepultura com esse tipo de comportamento, que basicamente começou depois que o Figueiredo saiu do governo. Por isso a crítica é enorme em cima dos presidentes militares. Tire as obras militares e veja o que sobra do Brasil. Não sobra nada. Lamentavelmente, a imagem que você vê do apartamento usado pelo Geddel Vieira Lima não é uma exceção, é regra. Você quer esperar o que dessa política? De onde nasce isso tudo? Das indicações políticas. Aí vem a corrupção e também a ineficiência do Estado.Como mudar isso? Você precisa de um presidente honesto, que é um palavrão nesta casa; cristão, que considero outro palavrão; e um governante que seja patriota, que também pode ser enquadrado como palavrão. Falar que é patriota é coisa para careta, otário. Eu costumo dizer o seguinte: quem não concordar é problema dele, não estou aqui para pedir voto para ninguém. As credenciais que o senhor apresenta, que o diferenciam dos outros candidatos ventilados para concorrer à Presidência, também podem gerar dificuldade na hora de governar. O senhor conseguiria, neste modus operandi da política brasileira? Eu deixo tudo. Se não tem como fazer algo diferente, vou deixar como está. Não vou vender meu voto aqui dentro. Quando um executivo descesse aqui para comprar voto, o que eu gostaria que um presidente tivesse no futuro? Primeiro, que tivesse uns 12 ministérios. Não é para fazer média, porque a diminuição de ministérios reduz pouco as despesas. Mas seria um bom sinalizador. Tem que ter 12 ministérios que você saiba quem é o comandante e as características daquele cara. Se eu for o presidente, na Defesa não tenha dúvida que vou colocar um oficial general de 4 estrelas. Se vier um partido, como temos o PPS, que indicou o [Raul] Jungmann, "ah, mas eu quero senão eu não te apoio e não vou aprovar nada". Não apoie, cara. Que não se aprove nada, então. Vão me caçar? Não será por corrupção nem por omissão. Você não pode lotear o Estado para ter apoio. Então, se eleito, o senhor enviará ao parlamento um projeto de reforma administrativa, com redução de ministérios, a fim de tentar acabar com essa relação de fisiologismo. É isso? Isso. Os caras quando indicam o ministério é para ter gente como Geddel ganhando alguma coisa. Uma boa imagem vale mais que mil palavras. Preste bem atenção. Quem seria o ministro da Ciência e Tecnologia? Tem que ser um cara formado pelo ITA, pelo IME, pela Unicamp. Um engenheiro que tenha uma vida de trabalho voltada para esse campo. Que fale em pesquisa, desenvolvimento, parcerias com Israel, com a Coreia do Sul, com o Japão, com os EUA e não com a Bolívia. Com a Bolívia, Venezuela, Cuba, Colômbia é outro tipo de assunto. Que pensa sobre a condução da política econômica do país? Primeira coisa, falam que eu não entendo de economia. Graças a Deus eu não entendo de economia como esses caras que estão aí. Olha onde especialistas colocaram o Brasil. Você quer que eu tenha um economista como Henrique Meirelles no ministério? Quem é Henrique Meirelles? Se elegeu em 2002 pelo PSDB. Ele renunciou ao mandato e foi ser chefe do Banco Central com o Lula. Depois foi pro conselho da JBS-Friboi. Ou você acha que os açougueiros de Goiás pegaram R$ 9 bilhões no BNDES porque eles são bacanas? Pegaram porque estava lá Henrique Meirelles. O que Henrique Meirelles está fazendo com o Brasil? Quer fazer um país de pobres. A reforma da Previdência que ele está fazendo vai colocar a idade mínima em 65 anos para se aposentar. Vai no IBGE e vá ver a expectativa de vida no Piauí: 69 anos. Que medidas o senhor tomaria para consertar essas distorções econômicas? Tem que ver onde estão as fábricas de marajás. É no serviço público, não como um todo, mas nas excelências: no legislativo, executivo e judiciário. Carreiras típicas de Estado. O maior [problema] chama-se incorporações. Vou dar um exemplo pra você, que é a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Você é funcionário, ganha R$ 3 mil por mês. Passado um tempo, você ganha um cargo de comissão de R$ 5 mil. Após oito anos, você incorpora esse benefício. Mais oito e aí você chega em R$ 13 mil. Vamos colocar o ponto final nas incorporações. Vamos dar um exemplo também. Auxílio-moradia. Eu posso até dizer que moro aqui, em Brasília, mas eu não sou obrigado a ser deputado. Então começa por aí. Não é você dar salário mínimo para deputado. Vamos cortar auxílio-moradia para todo mundo? É justo auxílio-alimentação aqui na Câmara, de R$ 900? Eu não ganho, mas o meu assessor aqui ganha. E é assim no poder público quase que geral. Tem que acabar com essa história. Qual a sua avaliação sobre o sistema eleitoral distritão, que estão querendo colocar como uma transição para o distrital misto em 2022? E fundo para financiamentos de campanhas? O fundão junto com o distritão é ótimo para a galera que está aqui. Com dinheiro público, 90% deles serão reeleitos. Eu nunca aceitei dinheiro de empresa. Lá atrás, uma empresa armamentista me ofereceu R$ 50 mil e eu não aceitei. Fez falta? Fez. Mas depois diriam que eu estava defendendo o porte de armas de fogo porque eu teria recebido dinheiro. O meu partido colocou R$ 200 mil na minha conta. O partido, e não a empresa JBS. Dois dias depois saiu o dinheiro da minha conta. Não quero. Estaria enrolado agora. O fundão é excrescência. Pegar dinheiro público para reeleger essa turma que levou o Brasil para o buraco? Por exemplo, com o distritão junto, os partidos vão lançar o mínimo de candidatos, porque se colocar um número um pouco maior pulveriza e não chega ninguém. No Rio de Janeiro, por exemplo, no meu novo partido, o Patriotas, acho que posso lançar quatro deputados federais lá. Não mais do que isso. O PMDB 10. O PCdoB talvez 2. O PSOL 3 e vai ser assim. E quem são esses caras? Quem eu quiser. Eu sou o presidente do partido. Essa é a regra do jogo. Acabou a novidade na política com o distritão. Ele é uma maravilha junto com o fundão. Eles nunca mais sairão daqui. Então coloca logo um deputado biônico com mandato vitalício pra ele.Como estão as tratativas para o novo partido? Está tudo certo. Nós mudamos completamente o estatuto. Colocamos até coisas como proibição de coligação com PT, PCdoB, Psol, esses lixos todos. Acertamos também a questão ambiental, que é tratada no Brasil como algo xiita. Reduzimos a questão ambiental ali. O que o senhor quer dizer com redução da questão ambiental? Não pode o "meio ambiente acima de tudo". Estão discutindo muito essa questão da área no Amazonas agora. Você pode ver, no Rio de Janeiro tem um decreto que demarcou a estação ecológica dos Tamoios, em Angra dos Reis. Você não pode fazer mais nada lá. Vinte e nove acidentes geográficos, no raio de 1 km, não podem ter qualquer atividade humana. Aquilo, por exemplo, na mão de espanhóis, estariam faturando bilhões por ano com turismo e preservando o meio ambiente. Lá você não preserva o meio ambiente porque o pessoal entra à vontade, por ser uma área grande. Passou a ser um local onde o pessoal do ICMBio vive como rei. Vou colocar aquele pessoal para tomar conta de jiboia e de macaquinhos na selva. Lá eu vou fazer um centro turístico enorme na baía de Angra para os brasileiros. Em relação às demarcações, não pode sair demarcando e acabou. Cerca de 13% do território nacional é demarcado como território indígena. Vai gostar de índio assim lá no caixa-prego. O cara que pisa no pescoço da mãe preocupado com índio? Tem coisa esquisita aí. Para mudar esse cenário é preciso peitar esse pessoal do meio ambiente. Ninguém mais do que eu quer o meio ambiente preservado, mas não dessa forma que está aí. Os orçamentos da PRF e da PF foram contingenciados e chegaram ao ponto de atrapalhar inclusive atividades vitais para o país, como a segurança nas estradas e nas fronteiras. O que o senhor faria para consertar a segurança pública? A Polícia Federal é fácil de explicar. É retaliação. Evitar as operações. Em parte, a PRF também. Ressalto que não existe economia sem segurança. Se eu te oferecer aqui 15 dias para você e sua família, com filhos pequenos, com tudo pago, em Copacabana. Você aceita? Vai pensar duas vezes. Há um ano e meio, uma turista argentina de biquíni foi esfaqueada e executada na praia de Copacabana. O turismo movimenta 10% do PIB no mundo. O Brasil registra muito aquém disso como média. Como o senhor faria com a segurança? Com energia e violência. Ou você quer pegar o vagabundo com o fuzil na mão e pedir: por favor, baixe o fuzil aí, cara. Não vai. O cara tem que ter medo de você. Se eu não conseguir impor respeito, se você não me temer, não me respeitará. Como você resolve isso aí? Mexendo em dois artigos no Código Penal. Quando se fala em excesso: se um vagabundo leva mais de 2 tiros do policial, em geral, ele é condenado por excesso. Não interessa a vida pregressa, se o bandido matou 200, o policial é condenado por excesso. Então, tira fora a figura do excesso. Matar vagabundo com 1 ou 20 tiros, para mim é a mesma coisa. Outra questão chama-se excludente de licitude. O que é isso aí? Quem é que colocou o fuzil no peito do soldado? Não foi o Estado? Se colocou, é para usar ou é para enfeite. Se for de enfeite, dê um de plástico. No momento em que ele usa o fuzil e venha a ter o efeito colateral, mesmo por excesso, ou até morrendo inocente, o que pode acontecer, o cara vai para a cadeia. Ele tem que responder por isso, mas não vai ter punição. O senhor quer carta branca para policial matar? Quero sim. Eu sou um cara que não estou preocupado com voto. Voto é problema de vocês. Eu quero, se chegar lá, ser isento, e fazer o meu trabalho. Se achar que é melhor ir com os outros, votem nele. Nós temos que equilibrar esse jogo. Um major de Caldas Novas (GO) reagiu a um assalto e matou três bandidos. Estão enfiando a porrada nele, dizendo que não precisava. Podia recuperar esses caras. O que sobreviveu já tinha passagem por roubo. Assim que funcionam as coisas no Brasil. Tem gente no MP o tempo todo em cima do cara. Eu acabo com isso aí na lei. Acaba na lei. E se o cara do MP falar o seguinte, não tendo mais excesso: ah, ele deu 15 tiros, tem que ser condenado. Eu vou falar: a minha polícia não vai prender o major. Tem que respeitar a lei? Tem. Mas primeiro precisa respeitar a lei o cara que está julgando. Se está escrito que matar com 15 não tem a figura do excesso, porque o cara do MP vai querer expedir ordem de prisão para o major? Os órgãos de segurança sob a minha responsabilidade não vão prender o major. Há portaria de 2010 do Ministério da Justiça que proíbe tiro de advertência. Se você atirar, você é punido. Se abordar um vagabundo apontando arma, a mesma coisa. Se alguém tiver uma barreira policial aqui e alguém vazar com carro, você também não pode atirar. Como você vai combater o crime assim? Com paz e amor? Estão de sacanagem esses caras. Procura outro candidato aí. Eu não. Não vou chegar lá e ficar com cara de pastel falando que não posso isso, que não posso aquilo. Tô fora. Não estou preocupado com voto não.

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