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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O PARTIR DO PÃO, UMA PRÁTICA ESQUECIDA “E, TOMANDO O PÃO, E HAVENDO DADO GRAÇAS, PARTIU-O, E DEU-LHO, DIZENDO: ISTO É O MEU CORPO, QUE POR VÓS É DADO; FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. LUCAS 22:19 POR DOUGLASS SUCKOW

Era uma ceia de Páscoa, a festa judaica que celebra a libertação do Egito. Jesus se utiliza de seus elementos para trazer grande ensinamento sobre si, em relação à humanidade e sobre seus discípulos, no relacionamento com o próximo, além de estabelecer ali um memorial de sua morte, compreendido de forma muito superficial por muitos de nós, que muitas vezes literalizamos o que é para ser figurado e figuramos o que é para ser literal. Talvez aí resida parte de nossas confusões teológicas. Jesus afirma que seu corpo está sendo dado a nós, compartilhado, repartido. Ora, Ele, que era filho Unigênito (único), agora passa a ser o Primogênito (primeiro dentre muitos). Logo, Ele repartiu TUDO o que tinha como Filho Único: a paternidade do Pai (Jo 3.16), a Sua glória (João 17.22), o poder de Seu reino (Lc 10.19), sua herança (Rm 8.17), etc.Portanto não podemos compreender este versículo apenas como uma ordenança de culto onde se estabelece mais um cerimonial. Definitivamente, Cristo está dizendo em outras palavras: “Gente, prestem atenção em mim, eu dei tudo o que tinha pra vocês, reparti minha herança, dei a mesma autoridade a vocês que recebi de meu Pai, compartilhei a paternidade com vocês, atendi vocês em suas necessidades, então vou pedir uma coisa muito séria a vocês: façam o mesmo com o próximo”. “fazei isto em memória de mim” é repetir seus comportamentos intrínsecos em sua frase, e não apenas picar um pão, distribuir e mistificar isto, tornando uma prática cerimonial, em detrimento desta práxis cristã de partilha. Ora, ao analisarmos o estilo de vida da Igreja primitiva em Atos, podemos observar com clareza que “partir o pão”, ou seja, repartir-se com o próximo era algo comum, e eles perseveravam nisso (At 2.42). Esta prática proporcionava saúde social à igreja, pois ninguém padecia qualquer tipo de necessidade. A consciência deles era que, assim como Cristo os fez participantes de tudo que era Seu, eles também assim o faziam, pois está registrado que “Ninguém considerava exclusivamente seu os bens que possuía, mas todos compartilhavam tudo entre si” (Atos 4.32). Que igreja linda! Creio que não temos discernido o REAL corpo de Cristo, que somos nós mesmos. Talvez esta prática cerimonial tenha adormecido em nossos corações o amor ao corpo de Cristo, sendo negligentes com suas necessidades mais básicas. Além disso, há muita contenda e discórdia entre o povo de Deus. Isto é perigoso, pois, se Ele apagou nossas transgressões, perdoando-nos totalmente, é obvio que o mínimo que Ele espere de nós seja o mesmo. O apóstolo João demonstra ter compreendido muito bem a ordenança de Jesus acerca da partilha e serviço, quando escreve: “Nisto conhecemos todo o significado do amor: Cristo deu a sua vida por nós e DEVEMOS DAR A NOSSA VIDA POR NOSSOS IRMÃOS” (1 João 3.16). Forte não é? Mas é o básico da vida cristã que devemos viver e tenho percebido ao longo dos anos que isso está sendo substituído por cerimonialismo cultual e tradicionalismo religioso, na literalidade daquilo que o Mestre apenas figurou. Não estou aqui condenando os cultos de Ceia do Senhor, mas estou reafirmando-o, com sua originalidade de sentimento e motivação, aplicados cotidianamente na vida de nosso próximo. Que venhamos a obedecer nosso Mestre e Senhor, amando nosso próximo nesta profundidade proposta por Ele. “porque tive fome (sede, necessidades, dor, solidão) e vocês me atenderam” Mateus 25.35-36

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