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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O VERBORRÁGICO E FOLCLÓRICO MÃO SANTA QUER SER O VICE DE BOLSONARO NA CORRIDA PRESIDENCIAL DE 2018 POR VANESSA MENDONÇA

“Mão Santa”, como é conhecido Francisco de Moraes Souza, ex-senador da República, primeiro governador cassado do país e atual prefeito de Parnaíba, a segunda maior cidade do Piauí, é conhecido por suas ações superlativas. Trocou de partido sete vezes, proferiu mais de mil discursos na tribuna do Senado entrando para os anais da Casa como um orador profícuo e autor de bordões grudentos (“atentai bem!”, antes de falas eloquentes; “ô, luiz inácio!”, quando se referia ao ex-presidente Lula). Aos 74 anos, ele planeja outra jogada hiperbólica: quer concorrer à vice-presidência da República em 2018 na chapa do deputado Jair Bolsonaro, o militar reformado do Exército que aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Em abril, Bolsonaro esteve em Parnaíba e chamou sua relação com Mão Santa de “o início de um namoro”. Depois de cumprimentar o prefeito com uma continência militar, a seu estilo, Bolsonaro remendou: “Mas um namoro hétero.” Em entrevista ao canal de tevê Cidade Verde, ao vivo, disse: “A intenção é basicamente um namoro e, se transformar em um noivado no futuro, será motivo de grande honra e satisfação.” A proposta estava no ar. Na ocasião, diante do pretendente, Mão Santa desconversou (“eu sou casado com Adalgisa e fiel a ela”, disse). Quatro meses depois do flerte inicial, numa noite de agosto, quando o prefeito de Parnaíba me recebeu em seu gabinete, ele parecia mais propenso à infidelidade. Passava das nove da noite quando terminou a última reunião do dia. Vestindo calça jeans, terno escuro sem gravata, camisa branca aberta até o terceiro botão, ele disse: “Se você é seminarista, quer ser papa; se é soldado, quer ser general; se entrou na política, tem que almejar [a disputa pela Presidência].” Durante a conversa, Mão Santa se autoproclamou “o homem mais preparado para presidir o Brasil – à exceção de Fernando Henrique Cardoso”. Sem convites para o que seria o grande feito de sua vida, ele agora cola em Bolsonaro para testar terreno para a vice-presidência. “Ele disse que eu seria bom vice, e ele é um grande líder. Eu me preparei, mas não tenho ansiedade. Então, está lançado.” A recepção ao deputado federal em Parnaíba foi intensa: reunião aberta ao público pela manhã, almoço vagaroso na capitania dos portos, solenidade à noite com entrega de homenagem ao visitante sob discursos inflamados seguidos de gritos de “Mito! Mito!” vindos da plateia. Assim como Bolsonaro, Mão Santa também foi militar. Serviu ao Exército em Fortaleza, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, quando cursava Medicina. Lembra da época como “muito boa”, quando, diz, aprendeu “disciplina, firmeza, dignidade e hierarquia”. “O Bolsonaro empolga o povo quando fala da violência. O pessoal acredita que ele pode mudar isso por sua vida de militar. O Brasil está uma zorra!” A recepção ao candidato terminou tarde. “Passamos o dia juntos, encheu de gente aqui. Ele chegou com 4% de intenções de voto, saiu com 18%. Para você ver o eco da Parnaíba”, ironizou o prefeito.
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