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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

CRISTIANISMO PAGÃO DA IGREJA CRISTÃ DE HOJE TEM ORIGEM CATÓLICA NO CONSTANTINO - RELIGIAO – DOCUMENTARIO

Desde o Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563, a igreja cristã subordinada à autoridade papal passou a denominar-se Católica Apostólica Romana, em oposição às igrejas protestantes constituídas a partir da Reforma. Define-se como una, santa, católica e apostólica e considera seu chefe como legítimo herdeiro da cátedra do apóstolo Pedro, sagrado papa, segundo o Evangelho, pelo próprio Cristo. O termo catolicismo foi usado por alguns autores (Aristóteles, Zenão, Políbio), antes da era cristã, com o sentido de universalidade. Aplicado à igreja, aparece pela primeira vez por volta do ano 105 da era cristã na carta de Inácio, bispo de Antioquia. Nos textos mais antigos, aplica-se à igreja geral considerada em relação às igrejas locais. Nos autores do século II da era cristã (Justino, Ireneu, Tertuliano, Cipriano), o termo assume duplo significado: o de universalidade geográfica, pois na opinião desses autores a igreja já havia atingido os confins do mundo; e o de igreja verdadeira, ortodoxa, autêntica, em contraposição às seitas que começavam a surgir. A partir do século V, o Império Romano entrou em decadência até sucumbir às invasões dos povos bárbaros. Quando as populações germânicas ultrapassaram as fronteiras do Império e se estabeleceram no Ocidente, foram os francos os primeiros a abraçar a fé cristã, razão pela qual a França foi chamada, mais tarde, “filha primogênita da igreja”. Por força da atividade missionária, outros povos foram, em seguida, aderindo à fé cristã. A partir do século VI, o reino franco foi perdendo o antigo vigor, devido à debilidade dos reis merovíngios, enquanto ocorria a ascensão da casa dos carolíngios. Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão II em 800; consolidava-se assim um novo estado cristão, ou seja, a cristandade medieval, fortemente apoiado no sistema feudal. A partir do século XI, essa cristandade foi representada pelo Sacro Império Romano-Germânico e, no século XVI, pelos reinos da Espanha e Portugal. Enquanto o cristianismo judaico, de caráter rural, assumira características urbanas com a transposição para a cultura greco-romana, a divulgação da fé católica na sociedade medieval provocou o processo inverso, pois os povos anglo-germânicos tinham uma forma de vida marcadamente rural. Não obstante, a hierarquia católica procurou manter valores próprios da civilização romana. Dessa maneira, a língua oficial da igreja continuou sendo o latim, pois os chamados povos bárbaros não tinham ainda expressão literária estruturada. O clero continuou a usar a antiga túnica romana, chamada agora hábito talar dos eclesiásticos. A doutrina religiosa também continuou a ser expressa por categorias filosóficas gregas e a organização eclesiástica se manteve dentro dos padrões jurídicos romanos. A partir de então, ocorreu de forma bem nítida uma separação entre a religião cristã oficial, sustentada pela hierarquia com apoio do poder político, e o cristianismo popular, marcado por forte influência das culturas anglo-germânicas. Não podendo mais participar do culto por falta de compreensão da língua oficial, o povo passou a desenvolver formas próprias de expressão religiosa marcadamente devocionais. De modo análogo ao que ocorria na vida leiga medieval, com vínculos sociais articulados pelo juramento de fidelidade, mediante o qual os servos se comprometiam à prestação de serviços aos senhores feudais em troca de proteção, também o auxílio celeste passou a ser invocado por promessas que deveriam ser pagas após o recebimento das graças e favores desejados. A divisão entre religião popular e cristianismo oficial perduraria até os albores do século XVI, não obstante a criação dos tribunais da Inquisição para a manutenção da ortodoxia da fé. Diante da fragilidade da prática religiosa, o Concílio de Latrão IV, celebrado em 1215, decidiu prescrever aos fiéis cristãos a assistência dominical à missa sob pena de pecado, bem como a confissão e a comunhão anual. Daí a origem dos chamados mandamentos da igreja. Desde o início da Idade Média, sob influência de santo Agostinho, um dos maiores pensadores católicos, houve uma valorização da doutrina da graça divina, mas simultaneamente tomou incremento uma concepção negativa a respeito do corpo e da sexualidade humana. Dentro dessa perspectiva, o Concílio de Elvira, celebrado na Espanha em 305, prescreveu o celibato para os clérigos, medida oficializada posteriormente para toda a igreja. Houve ainda uma grande promoção do monaquismo: a ordem de São Bento, estabelecida em abadias rurais, teve ampla difusão nos primeiros séculos da formação da Europa. A partir do século XIII, as ordens mendicantes, como a fundada por Francisco de Assis, difundiram-se rapidamente. No século IX, os monges de Cluny, de inspiração beneditina, passaram a dedicar-se à preservação do patrimônio cultural clássico, copiando documentos antigos. No século XIII, a grande contribuição cultural da igreja foi a fundação das primeiras universidades, nas quais se destacaram Tomás de Aquino e Alberto Magno, da ordem dominicana. Não obstante, a visão religiosa de mundo começou a ser questionada a partir do século XV, com as novas descobertas, produto do desenvolvimento científico, cuja origem estava vinculada ao movimento das cruzadas, expedições religiosas que levaram os príncipes cristãos ao estabelecimento de comércio com o Oriente.

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