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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O GRANDE REFORMADOR JERÔNIMO SAVONAROLA ATAQUES CONTRA O CLERO E AO PAPADO

Sempre com a Santa Palavra nos lábios, o grande homem de Deus ia pregando com simplicidade, e mudando, espantosa e radicalmente, os costumes do povo italiano. Às vezes, quando queria demonstrar que também sabia pregar de maneira rebuscada como os demais pregadores, surgiam em suas pregações metáforas como esta: "Deixam o ouro pelo cobre, o cristal pelo vidro, as pérolas pelo barro, os que pelo barro do mundo, pelo vidro da vaidade e pelo cobre destes bens profanos e transitórios, desprezam o ouro maciço, o cristal puro e as pérolas do amor de Deus e dos bens eternos." Nem mesmo o clero escapou de sua sinceridade e coragem, que não conheciam limites. Savonarola atacou frontalmente os vícios dos religiosos de sua época: "Se vós soubésseis as coisas repugnantes que eu sei! - dizia ele diante da multidão que o ouvia, surpresa. E então, corajosamente, sentava a igreja dominante no banco dos réus e a julgava: "Vem cá, igreja infamada! Ouve o que te diz o Senhor. Dei-te formosas vestimentas, e tu exercestes com elas a idolatria. Com os vasos preciosos tens alimentado o teu orgulho, tens profanado o que antes era sagrado; a sensualidade te precipitou na vergonha. És pior que uma besta; és um monstro repugnante...Ergueste uma casa de imoralidade e te converteste, em toda parte, numa casa de perdição. "Tomaste assento no trono de Salomão e passaste a atrair o mundo às tuas portas. Quem tem dinheiro entra, e pode fazer tudo o que quer, porém quem não tem dinheiro mas deseja o bem, é desconsiderado e expulso." Esse julgamento chegou ao conhecimento do papa Alexandre VI, sucessor de Inocêncio VIII, e um dos maiores responsáveis pelas desordens e a vida pecaminosa dos padres. Já há algum tempo os sermões de Savonarola vinham incomodando o Papa, que procurou lançar mão de todos os meios possíveis para fazer o monge calar. Travou-se então uma luta ferrenha, que culminou na excomunhão, prisão, tortura e morte de Savonarola. Antes, sua sinceridade e guerra declarada à devassidão, desonestidade e hipocrisia já o haviam indisposto seriamente com alguns dos grandes senhores da Itália. Um dos casos mais sérios ocorreu durante uma de suas pregações em Bolonha, quando a mulher de Bentivoglio, um dos homens mais importantes dessa cidade, entrou na igreja provocadoramente, com o intuito de perturbar o pregador e fazê-lo perder o controle do sermão. Imediatamente, e sem medir consequências, Savonarola bradou do alto do púlpito: - Vejam aí, irmãos, eis o demônio que vem perturbar a Palavra de Deus. A frase ecoou por todo o recinto como uma chicotada. Imediatamente os guardas de João Bentivoglio empunharam as espadas e investiram contra o pregador, mas foram interceptados pela maioria dos que ouviam a pregação. Savonarola escapou milagrosamente de morrer naquele instante. Porém, apesar dos conselhos que lhe deram para que fugisse imediatamente de Bolonha, ele permaneceu na cidade até pronunciar ali o seu último sermão, quando, no mesmo lugar onde o haviam ameaçado de morte, falou desafiadoramente: "Partirei esta tarde para Florença, sem outra companhia além do meu bordão de peregrino. Alojar-me-ei em Pianora. Se alguém quer ajustar contas comigo, que venha antes de minha partida. Entretanto, eu não morrerei em Bolonha, mas em outro lugar".

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