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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

OS MOVIMENTOS NACIONAIS A REFORMA PROTESTANTE COMEÇOU NA ALEMANHA QUANDO LUTERO PUBLICOU AS “95 TESES”, TRANSFORMANDO A TEORIA E A PRÁTICA DAS INDULGÊNCIAS

A Alemanha e a Reforma Luterana: Lutero partilhava a necessidade de uma religião interior, baseada na comunhão da alma, humilde e receptiva, com Deus. Com uma interpretação muito pessoal, Lutero defendeu que o homem, apenas pelas suas obras, é incapaz de se santificar e que é pelo ato de crer, ou seja, pela Fé, que se chega à santificação. Só a Fé torna o homem justo, não sendo as boas obras suficientes para apagar os pecados e garantir a salvação. A excomunhão pelo papa de Martinho Lutero quebrou a unidade da Igreja ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram o Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha. A condenação de Lutero na Dieta de Worms e o seu desterro dividiu a Alemanha numa fronteira econômica e religiosa. De um lado, aqueles que desejavam preservar a ordem tradicional, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana. Do outro, os apoiantes do Luteranismo – os príncipes do Norte da Alemanha, o baixo clero, os grupos burgueses e largas camadas de camponeses – que acolheram a mudança como uma oportunidade para aumentarem a sua autoridade nas esferas religiosa e econômica, apropriando-se dos bens da Igreja. Os intermitentes períodos de guerra civil religiosa terminaram com a Paz de Augsburgo. Este tratado decidiu que cada um dos governadores dos Estados alemães, que formavam cerca de 300 estados, optaria entre o Catolicismo Romano e o Luteranismo e subordinou a opção religiosa à autoridade do príncipe. O Luteranismo, perfilhado por metade da população alemã, receberia finalmente o reconhecimento oficial, mas a antiga unidade religiosa da comunidade cristã da Europa ocidental sob a suprema autoridade pontifícia foi destruída. A Suíça: O movimento reformista na Suíça, contemporâneo da Reforma na Alemanha, foi conduzido pelo pastor suíço Ulrico Zwínglio, que, em 1518, ficou conhecido pela sua vigorosa denúncia à venda das indulgências. Ele considerava a Bíblia a única fonte da autoridade moral e procurou eliminar tudo o que existia no sistema do Catolicismo Romano que não derivasse especificamente das Escrituras. Este movimento alastrou-se por todo o território suíço, originando um conflito entre 1529-1531. A paz permitiu a escolha religiosa de cada pessoa. O Catolicismo Romano prevaleceu nas províncias montanhosas do país e o Protestantismo implantou-se nas grandes cidades e nos férteis vales. Após a geração de Lutero e de Zwínglio, a figura dominante da Reforma foi Calvino, um teólogo protestante francês, que fugiu da perseguição de França e que se instalou na nova república independente de Genebra, em 1536. Apesar da Igreja e do Estado estarem oficialmente separados, cooperavam tão estreitamente que Genebra era virtualmente uma teocracia. Para reforçar a disciplina moral, Calvino instituiu uma rígida inspeção à conduta familiar e organizou um consistório, composto por pastores e leigos, com um grande poder compulsivo sobre as comunidades. O vestuário e o comportamento pessoal dos cidadãos era prescrito ao mínimo pormenor: dançar, jogar cartas, dados e outros divertimentos eram proibidos e a blasfêmia e a linguagem imprópria severamente punida. Debaixo deste regime severo, os inconformistas eram perseguidos e, por vezes, condenados à morte. Os cidadãos tinham pelo menos uma educação elementar. Em 1559, Calvino fundou a Universidade de Genebra, famosa pela formação de pastores e professores. Mais do que qualquer outro reformista Calvino organizou o pensamento Protestante num claro e lógico sistema. A difusão das suas obras, a sua influência como educador e a sua grande habilidade de organizador da Igreja e do Estado reformistas criaram um movimento de adeptos internacionais e deram às Igrejas Reformistas, de acordo com o termo como as Igrejas Protestantes eram conhecidas na Suíça, França e Escócia, um cunho inteiramente calvinista, quer na religião quer na organização. Para encorajar a leitura e o entendimento da Bíblia. A França: A Reforma na França começou no início do século XVI através de alguns grupos de místicos e humanistas que se juntaram em Meaux, perto de Paris, sob a liderança de Lefèvre d’Étaples. Tal como Lutero, d’Étaples estudou as Epístolas de S. Paulo e fez derivar delas a crença na justificação da fé individual, negando a doutrina da transubstanciação. Em 1523, traduziu para francês o Novo Testamento. No princípio, os seus textos foram bem recebidos pela Igreja e pelo Estado, mas, a partir do momento em que as doutrinas radicais de Lutero começaram a espalhar-se na França, o trabalho de Lefèvre foi visto como similar e os seus seguidores foram perseguidos. As mútuas perseguições entre católicos e Huguenotes originaram episódios como o massacre de S. Bartolomeu, na noite de 23 para 24 de Agosto de 1572, durante o qual foram assassinados os protestantes que estavam em Paris, para assistir ao casamento de Henrique IV. A guerra terminou com o Edito de Nantes, em 1598, que concedeu a liberdade de culto aos Huguenotes. Em 1685, Luís XIV revogaria este edito, expulsando do país os protestantes. A Inglaterra: A revolta inglesa contra Roma difere das revoltas da Alemanha, da Suíça e da França em dois aspectos. Primeiro, a Inglaterra era uma nação unida com um governo central forte, por isso, em vez de dividir o país em facções ou partidos regionais e terminar numa guerra civil, a revolta foi nacional – o rei e o Parlamento agiram juntos transferindo para a coroa a jurisdição eclesiástica previamente exercida pelo papa. Segundo, nos países continentais, a agitação popular visando a reforma religiosa precedeu e causou a ruptura política com o papado. Na Inglaterra, pelo contrário, a ruptura política deu-se primeiro, como resultado da decisão de Henrique VIII para se divorciar da sua primeira esposa, e a mudança na doutrina religiosa veio depois, nos reinados de Eduardo VI e de Isabel I. Após o divórcio com Catarina de Aragão, Henrique VIII casou com Ana Bolena, mas, em 1533, o papa excomungou-o. Em 1534, através do Ato de Supremacia, o Parlamento reconhecia a coroa como chefe da Igreja da Inglaterra e entre 1536-1539 os mosteiros eram suprimidos e as suas propriedades anexadas pelo rei e distribuídas pela nobreza adepta da reforma.

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