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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

ÁFRICA E OS MOVIMENTOS DE (IN)CONSCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL A MATANÇA GENOCIDA NA ÁFRICA NÃO É PRIORIDADE NA PAUTA DA ESQUERDISTA POR ANDRÉA FERNANDES

Estava eu pesquisando alguns temas ligados à minha área de atuação quando, de repente, recebo mensagem de um amigo informando mais um massacre com 50 mortos na Nigéria ocasionado por ataque terrorista de muçulmanos não reconhecidos como seguidores do “verdadeiro Islã” pelo Ocidente. De imediato, vieram à mente os horrores que tenho acompanhando em países africanos em virtude do avanço colossal do extremismo islâmico que vem causando caos em alguns países sem que a mídia promova cobertura, tal qual se esmera em fazer quando as catástrofes promovidas por terroristas muçulmanos se dão em solo europeu, claro, que com o devido cuidado para ocultar o fato de que os jihadistas professam a “religião da paz”. Daí, instintivamente o lampejo do “dia da consciência negra” me assolou com uma reflexão inquietante, que ficou muito longe da polêmica causada pela atriz global Taís Araújo ao reverberar: “a cor do meu filho faz com que as pessoas mudem de calçada”[1]. Taís externou sua indignação ao palestrar sobre as diferenças entre criar uma menina e um menino negros numa “sociedade preconceituosa”. As redes pegaram fogo com a declaração polêmica da atriz e as discussões se acirraram quando a repórter Glória Maria postou no Instagram a seguinte citação atribuída ao ator estadunidense Morgan Freeman[2]: “O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece”. Como diversos seguidores da repórter interpretaram a manifestação dela como “provocação” em relação ao “Dia da Consciência Negra” comemorado no dia 20 de novembro, multiplicaram-se as críticas na rede ao ponto de Glória Maria ter que se justificar por “ousar manter a postagem” apesar da ira da “patrulha ideológica”. Ao mesmo tempo, o secretário municipal de educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin, se pronunciou nas redes acerca do racismo no Brasil escrevendo um post afirmando que “continua detestando a racialização do Brasil” e que “qualquer idiotice racial prospera”[3]. O exemplo utilizado pela autoridade municipal de educação foi justamente a fala de Taís Araújo, que ainda ensejou a resposta direta: “se os brasileiros mudassem de calçada quando vissem uma pessoa morena ou negra, viveriam em eterno ziguezague”. Não demorou muito e a comentarista da GloboNews, Flávia Oliveira, atacou Cesar comentando que “impressiona o titular da pasta da Educação ser tão míope sobre o racismo brasileiro”. Quando li a manifestação indignada da jornalista Flavia Oliveira, aflorou a seguinte questão por demais incômoda: por que essa jornalista só se revolta com a “miopia” referente ao “racismo brasileiro”? Por que critica a “miopia brasileira”, se é cega em relação ao extremismo islâmico que assassina milhares dos seus irmãos na Nigéria, Sudão, Somália e outros países africanos? Por que não denuncia com a mesma veemência a dor dos africanos esquecidos pelo Ocidente e pelos “míopes brasileiros”? Seria medo ou descaso? A curiosidade me levou a visitar a “página fantasma”[4] da jornalista e depois de ler diversos posts moldados pela defesa emocionada da ideologia de gênero e combate ao racismo, tentei localizar alguma manifestação de pesar pelo número assustador de negros pobres somalis que foram executados em outubro por terroristas muçulmanos. Foram mais de 300 mortos em dois ataques na Somália[5]. Sinceramente, como pode uma jornalista-ativista que se orgulha publicamente da sua “africanidade” [6] não se pronunciar em sua página oficial no Facebook acerca de tamanha brutalidade? Ao que parece, Flávia só se revolta com a discriminação e assassinato de negros nas periferias brasileiras. A matança genocida na África não é prioridade na pauta da esquerdista que dificilmente se pronuncia no programa “Estudio i”, da Globo News, sem criticar Trump e as falhas na área de segurança pública no Brasil. Trump incomoda mais do que a desgraça que se abate na “mãe África” renegada por seus filhos ilustres! É, no mínimo, estranho, as matanças e demais mazelas africanas não constarem na “pauta diária” de uma jornalista negra que se revolta em artigo de sua coluna no jornal ‘O Globo’ pelo fato do ensino da História da África não constar efetivamente nos currículos escolares. Se ela exercesse ativismo também em relação às misérias que sofrem os povos africanos, ajudaria a construir a indispensável conscientização acerca da necessidade de se conhecer a dor africana na sua origem, além da riqueza cultural do continente. Ademais, uma pessoa que não se importa com as desgraças do presente, se importaria realmente com as tragédias do passado? A resposta é sim, se servirem para a propagação de uma agenda seletiva, própria de grande parte dos movimentos negros que se preocupam mais com a divulgação da “ideologia esquerdista” do que com o sofrimento dos negros em territórios onde a mídia não tem interesse. Por conseguinte, uma dúvida carrego comigo: será que se os movimentos negros e artistas “politicamente engajados” como Taís Araujo, denunciassem ardorosamente os massacres e as limpezas étnicas e religiosas promovidas por governos muçulmanos e grupos terroristas islâmicos na África, a imprensa não passaria a dar “maior atenção” aos temas? Negros estão morredo aos milhares em alguns países africanos, inclusive, de fome, e o único “problema“ que impacta a mídia brasileira é a discussão do controvertido “racismo à moda Brasil”. Se é assim, os movimentos negros não deveriam usar o nome “África” em vão, objetivando apenas respaldar “interesses locais”! E se alguém duvida do descaso de grande parte dos movimentos negros no tocante ao desespero dos seus irmãos africanos, basta visualizar suas redes e acompanhar seus eventos, porém, não custa nada eu ofertar um exemplo introdutório: em 14 de agosto de 2014, foi realizada a “Segunda Marcha Internacional contra o Genocídio do Povo Negro”, que reuniu cerca de 50 mil pessoas em várias capitais brasileiras[7]. Acredite se quiser, mas a famigerada “marcha internacional” objetivando conscientizar as pessoas sobre o genocídio da população negra não evidenciou NENHUM genocídio de negros pelo mundo, notadamente na África! Ora, acaso não existe genocídio de negros na África? Somente o Brasil padece desse mal? E se existe genocídio na África, por que um evento de natureza internacional não focou as barbáries que passam os “africanos esquecidos”? Seria a ocultação da matança de africanos por governos muçulmanos e outros governos ditatoriais uma forma velada de covardia ou seria a simples obediência aos ditames da “cartilha marxista”? Conforme informações da BBC UK, mais de 20 mil pessoas foram mortas pelo grupo islâmico Boko Haram em sua insurgência jihadista, e quase 2 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de seus lares. Seriam essas ações caracterizadas como “genocídio” para os movimentos negros? Há justificativa para a ausência de denúncia? Uma das provas incontestes da “ideologização” da marcha que não está nem um pouco preocupada com o real genocídio de negros é a seguinte: segundo o site esquerdista Carta Capital, “dois eventos internacionais também foram evidenciados com faixas” na marcha citada acima e vale descrevê-los ipisis literis: Dois deles por muitos movimentos: os ataques contra os palestinos, “as armas de Israel que matam Palestinos são as mesmas que exterminam negras e negros no Brasil! Dilma rompa relações com Israel”; e a morte do jovem negro Mike Brown por um policial em uma cidade dos Estados Unidos, “Somos todos Mike Brown. Juventude nas ruas. Pelo fim das polícias”. Logo, o que percebemos sem muita dificuldade é que importantes movimentos negros no Brasil estão mais preocupados com a “causa palestina” centrada nos ataques terroristas perpetrados contra Israel que resultam em vítimas palestinas quando iniciados os conflitos, do que nos massacres e perseguições promovidos por governos africanos contra milhões de negros que “não merecem apoio via protesto” por não estarem inseridos nas “pautas de direitos humanos esquerdistas”. Mais “sorte” tiveram os negros americanos por coincidentemente viverem nos Estados Unidos na “era Trump”! Eles sim, merecem apoio, apesar de não estarem sofrendo de fato um genocídio, termo este, inapropriado tecnicamente para ser utilizado no caso de assassinato de negros nas periferias do Brasil, mas isso é assunto para futuro artigo, onde poderei adentrar nos meandros conceituais de Direito Internacional. Por oportuno, não posso deixar de explicitar minha indignação contra a hipocrisia da maioria dos ativistas de movimentos negros, ressaltando meu total repúdio à vergonhosa omissão na imprensa e redes virtuais acerca de mais uma tragédia ocorrida em país africano[8]. É injustificável não haver comoção geral no acontecimento horrendo de pelo menos 50 vidas serem ceifadas violentamente por extremistas muçulmanos que usam a religião e as armas para implantar o terror! Talvez, se fosse um “terrorista cristão” assassinando muçulmanos negros na mesquita nigeriana – alvo do ataque – a grande mídia dedicaria espaço considerável para analisar a “motivação da atrocidade”. Porém, como os terroristas também são negros muçulmanos, vale o silêncio, até para não resultar em “problematização do Islã”, assunto terminantemente proibido na maior parte da “imprensa isenta”. Pelo visto, a “consciência negra” que merece destaque midiático sofre limitação territorial e ideológica… Salvo melhor juízo, África não é tão bem-vinda nas ações voltadas à defesa da dignidade e respeito ao valoroso povo negro. Aliás, alguém poderia pedir à Taís Araújo para abraçar também essa nobre causa que não consta em seu perfil oficial no Facebook[9]? Já pensou que gesto nobre seria se a atriz – reconhecida pela ONU como uma das cem personalidades negras mais influentes do mundo[10], – se dispusesse a “dar voz” aos mártires africanos? O problema é que a atriz sabe que defender negros massacrados na África não dá “ibope” na mídia e muito menos na ONU. A (in)consciência negra, sim, arrasta multidões!

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