CONFUCIONISMO E TAOÍSMO – HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
Há duas correntes confucionistas: uma delas associa-se a Confúcio e
Xunzi, tendo preceitos como a obediência aos códigos tradicionais de
comportamento para os interesses pessoais próprios de cada indivíduo; outra
corrente associa-se a Mêncius e seus preceitos são baseados no dever da conduta
humana ser estabelecida de acordo com a própria natureza moral individual. O
Confucionismo não possui uma organização clerical formalizada e não há igrejas.
Ainda no Confucionismo, não há a adoração de divindades, assim como não há
ensinamentos sobre a vida após a morte. As idéias confucionistas são baseadas
em três obras: os Anacletos, a fonte dos ensinamentos de Confúcio; o I Ching, o
livro das alterações do destino; o Mengzi, livro de Mêncius, o segundo sábio do
Confucionismo. O país onde o Confucionismo conquistou mais adesões, ao lado do
Budismo e do Taoísmo, é a China. O Confucionismo, não se referindo a divindades
e mantendo-se distante de teoria de vida após a morte, acaba constituindo mais
predominantemente um sistema filosófico, não possuindo quase nenhuma das
características marcantes em todas as religiões. A origem do Confucionismo é
remontada ao século VI antes de Cristo, tendo sido fundada por Kongzi (o
próprio Confúcio - por volta de 551 a 479 a. C.). O Taoísmo possui duas
vertentes de pensamento religioso. Uma destas vertentes concentra-se na
meditação desritualizada, seguindo feições metódicas, subsistindo de maneira
mais geral como uma ordem filosófica, enquanto a vertente mais ortodoxa atribui
importância fundamental aos rituais, à renovação cósmica e ao controle
espiritual. O termo Tão, significando "caminho", consiste num
elemento fundamental recorrente em todas as tradições filosóficas chinesas,
entre elas o próprio Confucionismo. O incenso é um elemento constante nos
rituais taoístas. Um dos símbolos do Taoísmo é bastante famoso até entre os
ocidentais: o Yin-Yang consiste numa representação do equilíbrio e
complementaridade entre as forças naturais opostas em perfeita harmonia. Referente
à organização clerical, o Taoísmo é constituído de estrutura monástica e
sacerdotal. Os textos sagrados do Tao são: o Dão De Jing (Tao te-ching: "O
Caminho e seu Poder") e os escritos de Chuang Tzu (369-286 a. C.). A
cronologia da origem das bases filosóficas taoístas ainda permanece obscura,
podendo ser bastante anterior a Lao Tzu, considerado o fundador da religião,
mas que, na verdade, foi responsável por um grande impulso à religião sobre a
qual já existiam alguns conceitos primitivos.
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