A HISTÓRIA DE ISRAEL
O moderno estado de Israel tem as suas histórias religiosas na Terra de Israel (Eretz Israel), um conceito central para o judaísmo desde os tempos antigos, e no coração dos antigos reinos de Israel e Judá. Após o nascimento do sionismo político, em 1897, e da Declaração Balfour, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido o Mandato Britânico da Palestina após a Primeira Guerra Mundial, com a responsabilidade para o estabelecimento de "…tais condições políticas, administrativas e econômicas para garantir o estabelecimento do lar nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de instituições autônomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e de religião… ".
Em novembro de 1947 as Nações Unidas recomendaram a partição da Palestina em um Estado judeu, um Estado árabe e uma administração direta das Nações Unidas sob Jerusalém. A partição foi aceita pelos líderes sionistas, mas rejeitada pelos líderes árabes, o que conduziu à Guerra Civil de 1947-1948. Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948 e Estados árabes vizinhos atacaram o país no dia seguinte. Desde então, Israel travou uma série de guerras com os Estados árabes vizinhos. Algumas das fronteiras internacionais do país continuam em disputa, mas Israel assinou tratados de paz com o Egito e com a Jordânia e apesar de esforços para resolver o conflito com os palestinos, até agora só se encontrou sucesso limitado.Na Bíblia hebraica, o Livro do Gênesis menciona Jacó, um dos filhos de Isaque, filho de Abraão, que teria seu nome, conforme a mitologia judaica, mudado por Deus para Israel, e que teve doze filhos, que geraram doze tribos conhecidas como os "filhos de Israel". Judá é o quarto dos filhos de Israel.
Antigos israelitas (1200–950 a.C.):O primeiro registro do nome Israel (como ysrỉꜣr) se encontra numa frase da Estela de Merneptá, erguida pelo faraó egípcio Merneptá por volta de 1209 a.C.: "Israel está destruída e sua semente não." O arqueólogo americano William Dever vê este "Israel", situado nos planaltos centrais, como uma entidade cultural e, provavelmente, política, porém como um grupo étnico, e não como um Estado organizado.
Os ancestrais dos israelitas podem ter sido semitas que ocuparam Canaã, bem como os Povos do Mar. Para a acadêmica americana Paula McNutt poderia se afirmar com alguma segurança que em algum ponto anterior à Primeira Idade do Ferro, uma população começou a se identificar como 'israelita', diferenciando-se dos canaanitas através de indicadores como a proibição do casamento consanguíneo, uma ênfase na genealogia e na história familiar.
As aldeias tinham populações de até 300 ou 400 habitantes, que viviam de agricultura e pastoreio e eram, em grande parte, autossuficientes; o intercâmbio econômico era frequente. A escrita era conhecida e estava disponível para os registros, até mesmo em sítios menores. A evidência arqueológica indica uma sociedade de centros urbanos semelhantes a vilas, porém com recursos mais limitados e uma população reduzida.
Israel e Judá (c. 1200–576 a.C.):A Bíblia hebraica descreve confrontos militares constantes entre os judeus e outras tribos, incluindo os filisteus, cuja capital era Gaza.
Por volta de 930 a.C. o reino se dividiu entre o Reino de Judá, ao sul, e o Reino de Israel, no norte. [carece de fontes]
Uma aliança entre o rei Acabe de Israel e Ben Hadad II de Damasco conseguiu repelir as incursões dos assírios após uma vitória na Batalha de Qarqar (854 a.C.). O Reino de Israel, no entanto, foi destruído posteriormente pelo rei assírio Tiglate-Pileser III por volta de 750 a.C. O reino filisteu também foi destruído. Os assírios enviaram para o exílio boa parte da população do reino israelita do norte, dando origem assim às 'Tribos Perdidas de Israel'. Os samaritanos alegam ser descendentes dos israelitas que sobreviveram a esta conquista assíria e ficaram na região. Uma revolta israelita ocorrida entre 724 e 722 a.C. foi debelada após o cerco e a conquista da Samaria por Sargão II.
O rei assírio Senaqueribe tentou, sem sucesso, conquistar o reino de Judá. Registros assírios alegam que ele teria punido Judá e então abandonado o território; Heródoto também descreveu a invasão.
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