‘O MUNDO MUDOU, MAS DEUS NÃO’, DISSE MAGNO MALTA SOBRE CASAMENTO GAY - O SENADOR CLASSIFICOU O PROJETO COMO INCONSTITUCIONAL - FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA
O projeto que trata do reconhecimento legal da união estável entre
pessoas do mesmo sexo (PLS 612/2011) teve, nesta terça-feira (5), a votação
adiada no Plenário do Senado por falta de quórum. O projeto chegou a ser
colocado em votação, mas o senador Magno Malta (PR-ES), contrário à matéria,
pediu verificação de quórum – que não atingiu o mínimo necessário de 41
senadores presentes. Saiba mais e participe: Pr. Silas: ‘Ou os senadores apoiam
Marta Suplicy, ou a constituição!'; saiba mais e proteste! Para o senador Magno
Malta, “o projeto de lei que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo
sexo, não pode ser visto como picuinha entre evangélicos e gays. Muito pelo
contrário, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim
Barbosa, legislou e oficiou os cartórios a fazerem o casamento gay. Por isso o
argumento, de votar no projeto já que o casamento existe, é uma falácia. A
Constituição Federal reconhece o casamento de homem com mulher. Temos que
respeitar, mesmo sabendo que o mundo mudou, mas Deus não mudou”, disse Magno
Malta em plenário, nesta terça-feira. Em seu relatório na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o senador Roberto Requião (PMDB-PR)
lembrou a decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece o
direito à formalização da união entre casais homossexuais. Ele observou, no
entanto, que é responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao
entendimento consagrado pelo STF. Marta Suplicy disse que o projeto é “uma
consolidação do que já existe”. A senadora classificou a decisão do Supremo
como um passo significativo da Justiça, como uma forma de proteção da lei. Ela
também lembrou que em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu
uma resolução sobre a celebração de casamento civil e sobre a conversão de
união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo. Já o senador Magno
Malta classificou o projeto como inconstitucional e criticou a postura do CNJ,
que teria legislado sem competência legal. Ele negou ser “fundamentalista”,
disse respeitar as posições contrárias e lembrou que o Brasil é
majoritariamente cristão e católico.
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