PAPA FRANCISCO PEDE PERDÃO A MUÇULMANOS POR “INDIFERENÇA DO MUNDO” LÍDER MÁXIMO DOS CATÓLICOS EXIGE QUE MUNDO RESOLVA A CRISE DOS ROHINGYA POR JARBAS ARAGÃO
Quando o papa Francisco visitou o Egito em julho, foi elogiado pelo Mufti de Al-Azhar que o agradeceu por “defender o islamismo”. De fato, nenhum outro papa na história demonstrou tanta disposição em se aproximar dos muçulmanos, tendo dito que cristãos e muçulmanos são “irmãos” embora as definições de Allah no Alcorão estejam bem longes de como Jeová é descrito na Bíblia.
Nesta sexta-feira (01), o pontífice, que está em Bangladesh, encontrou-se com um grupo de refugiados Rohingya, etnia que vem sendo massacrada no país vizinho, Myanmar. Além de oferecer-lhes bênçãos e ouvir suas histórias, o líder máximo dos católicos fez declarações surpreendentes.
“A presença de Deus hoje se chama rohingya”, insistiu o papa, no final de uma reunião inter-religiosa realizada no jardim da residência do arcebispo em Daca, capital do Bangladesh.
Os refugiados haviam viajado da cidade de Cox’s Bazar, onde mais de 620 mil rohingya buscaram refúgio após o início do massacre sofrido nas mãos dos budistas.
Ao falar com eles, Francisco pediu perdão pelo sofrimento dos refugiados. Conforme divulgaram as agências de notícias, declarou: “A tragédia de vocês é muito dura e grande, mas nós damos espaço em nossos corações”. Acrescentou “Queridos irmãos e irmãs, estamos perto de vocês, em nome de todos os que os prejudicaram e da indiferença do mundo”, acrescentando que “fechamos nossos corações e desviamos o olhar”.
Finalizou afirmando publicamente que vai continuar trabalhando para que os direitos do povo rohingya sejam respeitados.
O que chama atenção é que, embora seja louvável a preocupação humanística com um povo que é vítima de “limpeza étnica”, conforme admite a ONU, Francisco nunca teve esse mesmo tipo de atitude com os cristãos vítimas de genocídio nas mãos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Com informações NPR
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