GÊNESIS - CAPÍTULO 5 - ESTUDANDO A BÍBLIA DE FORMA EFICIENTE - REALIZAÇÃO: CANAL DA BÍBLIA - MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA E CENTRO DE FORMAÇÃO APOSTÓLICA
Os versículos 1 e 2 são uma sinopse de Gn 1.27,28, e na forma há a
forte sugestão de que esta genealogia é uma unidade em si mesma. A verdadeira
meta do ato criativo de Deus era que o homem fosse à semelhança de Deus (1).
Essa semelhança foi corrompida pelo pecado no jardim do Éden. A semelhança foi
torcida até nas realizações culturais dos descendentes da linhagem de Caim. E
Sete não era verdadeiramente à semelhança de Deus. Ele possuía o estado
corrompido do homem pecador, porque era à semelhança de Adão. Não há número de
anos na terra que mude esse fato. O resultado do pecado era morte física, e o
único modo de a pessoa evitar esse destino foi ilustrado na vida de Enoque. Ele
andou... com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para si o tomou (24). A
única fuga da morte era pela comunhão íntima com Deus, junto com um ato de
livramento do Todo-poderoso. Exceto por isso, todos deveriam morrer (e.g.,
5,8,11). Uma comparação das genealogias em ambos os Testamentos logo deixa
claro várias características. São genealogias altamente seletivas e não alistam
necessariamente toda geração. Um estudo de “pai” e “filho”, que só pode ser
feito adequadamente em hebraico, revela que estes termos podem ser aplicados,
respectivamente, a qualquer antepassado ou a qualquer descendente. O papel das
genealogias na Bíblia nem sempre é fornecer uma cronologia histórica; sua
função varia de lugar para lugar. É interessante observar um ponto de
comparação entre a linhagem de Caim e a linhagem de Sete. O sétimo depois de
Caim foi Lameque, que era o epítome da hostilidade furiosa, embora seus três
filhos fossem gênios criativos. O sétimo na linhagem de Sete foi o piedoso
Enoque, que Deus para si... tomou. Noé (29), o décimo na linhagem de Sete, e
seus três filhos começaram uma nova população depois do dilúvio. Não há modo
fácil de explicar a longa extensão de vida atribuída aos patriarcas
relacionados no capítulo 5. A vida mais curta é de Lameque, 777 anos. A mais
longa é de Metusalém, 969 anos. Estudiosos conservadores tomam uma de duas
possíveis interpretações. Alguns (notavelmente John Davis, na sua obra muito
consultada Dicionário da Bíblia, e mais recentemente Bernard Ramm) sugerem que
os nomes representam o homem individual e o seu clã. Um paralelo bíblico é
encontrado em Atos 7.16, onde o nome “Abraão” se refere à sua família ou clã,
visto que o procedimento informado ocorreu depois da morte do patriarca. Outros
destacam que nos primórdios da raça, antes que o pecado prolongado e
persistente reduzisse a vitalidade humana e as doenças se desenvolvessem ao
ponto em que estão hoje, idade avançada e vigor longo eram bem possíveis.
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