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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

QUANDO UMA NOVELA FALA MAIS DO REINO QUE ALGUNS “TELEVANGELISTAS” PENSE EM QUANTAS PESSOAS PUDERAM REPENSAR O TEMPO, SUAS VIDAS, DECISÕES, PRIORIDADES E SUA RELAÇÃO PESSOAL COM A FÉ E COM A MENSAGEM DE DEUS NA CENA DO ARREBATAMENTO, EM APOCALIPSE. POR MAYCSON RODRIGUES

A novela “Apocalipse”, transmitida pela Rede Record de Televisão, teve um pico de audiência na noite desta última terça (06/02), quando exibiu ao público uma cena que trazia uma narrativa daquilo que poderá ser o arrebatamento da Igreja de Jesus. Falar de escatologia aqui seria como dar um mergulho no Oceano Atlântico quando se deseja apenas molhar os pés na beira da piscina. Não vou discutir se a visão escatológica abordada na cena é a correta, apenas quero valorizar a proposta do conteúdo artístico que trouxe uma profunda reflexão acerca dos últimos dias – o que, para mim, é uma maneira muito oportuna de chamar a sociedade brasileira à uma reflexão maior sobre sua relação pessoal com o evangelho. Chama a minha atenção o fato de que esta novela (assim como foi a novela “Os Dez Mandamentos”) tem prestado um serviço mais relevante que muito programa televisivo semanal que perdura por décadas na TV. Entendo que a mensagem do reino de Deus deve ser transmitida por todos os veículos de comunicação possíveis, porém, vejo uma inaptidão por parte de alguns pastores de anunciar uma mensagem bíblica que de fato produza uma reflexão e um confronto direto com a decisão pessoal por crer na Palavra de Deus, incorrendo numa consequência eterna para o caso de sua rejeição. Alguns “televangelistas” me parecem trabalhar firmemente por uma “desevangelização” do país com o seu conteúdo herético, antibíblico e absurdamente usurpador do bolso alheio. Campanhas mentirosas, bugigangas sincréticas e promessas bizarramente desprovidas de fundamentação escriturística dão o tom de toda uma produção por parte desses falsos mestres que mais confundem que ensinam, enganam que esclarecem, mentem que edificam. São os responsáveis por ajuntar multidões para que vejam suas performances teatrais e sugestões psíquicas as quais atribuem o título de “milagres”. Negociam a unção por milhões de reais e se autodenominam praticamente semideuses, e tudo isso em nome de Jesus. O fim deles – se não se arrependerem em tempo – será choro e ranger de dentes. Praticamente na contramão destes aproveitadores coronéis da fé está uma novela que tenta narrar fielmente o texto bíblico. Caro leitor, mesmo que você não concorde com a visão pré-tribulacionista (eu mesmo sou um destes que discordam) que traz a ideia de um arrebatamento invisível, você é quase que forçado a admitir que, a despeito da emissora e do dono da mesma, algo bastante útil acerca do reino de Deus tem sido transmitido por esta obra dramatúrgica. É uma questão de sensibilidade crítica. Pense em quantas pessoas puderam repensar o tempo, suas vidas, decisões, prioridades e sua relação pessoal com a fé e com a mensagem de Deus. Influenciar pessoas para que olhem para o alto e não para si, a meu ver, foi o ponto alto do capítulo. Preciso deixar claro que não tenho a intenção de minimizar a importância de abordarmos mais profundamente as doutrinas escatológicas, creio que a Igreja deve conduzir o cristão a um entendimento profundamente bíblico e prático sobre este assunto, dando-lhe uma perspectiva missional para o tempo presente e uma esperança teológica do avanço do reino de Deus neste mundo; porém, o que quero deixar claro é que o espaço público chamado Televisão precisa ser redimido no seu sentido cultural, a começar por cada conteúdo que se propõe apresentar a palavra de Cristo. Se não vamos falar do Encarnado que foi crucificado e morto, mas que em três dias ressurgiu (Exaltado) e que hoje tem sobre si toda a soberania, governo e poder, no céu e na terra, e que prometeu um retorno triunfante para glorificar os eleitos e conduzir os réprobos ao juízo, e se não vamos anunciar a reconciliação com Deus por meio da pessoa e obra de Jesus Cristo, então é melhor que todos os programas evangélicos saiam do ar. No entanto, se o propósito é a glória de Deus e a salvação de pecadores, que seja essa mais uma poderosa ferramenta nas mãos do Eterno por intermédio da instrumentalidade de seus filhos, para que o mundo ouça o chamado do evangelho e os que são destinados à vida eterna possam crer e perseverar na fé até o fim. Isto posto, afirmo: não dê sua audiência para falsos apóstolos e pastores gananciosos. Se é para assistir TV (eu, particularmente, prefiro ler livros), que seja para assistir algo que dê mais glórias ao nome de Deus. Peça ao Senhor sabedoria diante do uso do controle remoto, e que sua casa seja uma extensão da Igreja, onde o tempo é melhor aproveitado em torno da palavra de Cristo – o que é bem mais proveitoso do que o consumo de entretenimento.

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