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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O PANO DE FUNDO DO LIVRO E A CONTROVÉRSIA COM ERASMO - MARTINHO LUTERO COM A SERIE NASCIDO ESCRAVO

Resultado de imagem para MARTINHO LUTERO COM A SERIE NASCIDO ESCRAVOMartinho Lutero escreveu “AEscravidão da Vontade” como reação aos ensinamentos de Desidério Erasmo. Nascido em Rotterdam, na Holanda, entre 1466 e 1469, Erasmo foi monge agostiniano durante sete anos, antes de viajar para a Inglaterra, onde foi motivado a aprofun- dar seu conhecimento do grego, chegando a produzir um texto crítico do Novo Testamento Grego (1516). Ele rejeitava os métodos fantasiosos de interpretação das Escrituras, bem como as muitas superstições dos mestres da Igreja Católica Romana. Rebelou-se contra a preguiça e o vício, comuns nos mosteiros, mas, apesar disso, não foi um crente no evangelho. Ele era um humanista, pois acreditava que os homens podem conquistar a salvação, ao invés de dependerem exclusivamente de Jesus Cristo — em sua morte e ressurreição. Erasmo acertadamente prefe- ria uma abordagem simples do ensinamento cristão aos complicados e pormenorizados métodos dos teólogos profissionais. Ele evitava as con- trovérsias e, por longo tempo, não procurou tratar publicamente sobre o conceito do “livre-arbítrio”. No entanto, ao fazê-lo, constituiu um desa- fio que Martinho Lutero não pôde ignorar. Martinho Lutero nasceu na Saxônia (hoje parte da Alemanha) e era cerca de catorze anos mais jovem do que Erasmo. Enquanto ainda era monge, passou por uma dramática experiência com o evangelho da graça de Deus. A partir de então, compreendeu que cada crença e expe- riência precisa ser testada através da autoridade das Escrituras Sagradas. Ele entendeu que a salvação é recebida como uma graça divina, “me- diante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). A sua própria experiência confirmou sua convicção. Lutero era professor, teólogo e também pastor. Os membros de sua igreja sabiam que ele sentia o que pregava. Ele não era um erudito seco e indiferente. Ele sentia a pressão da eternidade cada vez que pregava. Isso o compelia, algumas vezes, a fazer coisas impopulares e, por vezes, até perigosas. Era alguém disposto a defender a verdade de Deus, ainda que fosse contra o mundo inteiro. A princípio, Erasmo parecia ser um dos aliados de Lutero, visto que ambos rejeitavam muitos dos erros e falhas da Igreja de Roma. Todavia, Lutero desafiava cada vez mais o ensinamento romanista da salvação mediante as obras, insistindo que “o justo viverá por fé” (Rm 1.17). Entrementes, Erasmo continuava na Igreja de Roma, e, como era um erudito, cedeu à pressão de sua igreja para defender o ensino do “li- vre-arbítrio”. Desafiando a solicitação de Lutero para que não fizesse tal coisa, Erasmo publicou sua “Discussão Sobre o Livre-Arbítrio”, em 1524, tendo escrito a Henrique VIII nestes termos: “Os dados foram lançados. O livrete sobre o ‘livre-arbítrio’ acaba de ver a luz do dia’’. O livro agradou ao Papa e ao Sacro Imperador Romano, e foi elo- Introdução • 15 giado por Henrique VIII. Este fato levou Lutero a declarar que Erasmo era um adversário da fé evangélica. Deus controlou soberanamente a intensa luta entre esses dois homens, para benefício de seu reino. O conflito produziu uma grandiosa declaração da doutrina evangélica que tem, desde então, enriquecido a Igreja de Cristo — a obra de Lutero, “A Escravidão da Vontade”. Oferecemos aqui uma edição abreviada dessa grande obra. Pudemos reter muito do estilo de Lutero, embora não tenhamos segui- do sua ordem de apresentação. Começamos por onde Lutero terminou, sumariando a sua posição doutrinária sobre a escravidão da vontade humana. Seguimos com outras seções, onde Lutero apresenta e, em se- guida refuta os argumentos de Erasmo. O estilo de Lutero normalmente nos impeliria a acrescentar cer- tas palavras, toda vez que ele emprega a expressão “livre-arbítrio”. Por exemplo: o livre-arbítrio que você supõe que existe. Entretanto, temos preferido refletir o sentido tencionado por Lutero usando aspas — “livre-arbítrio”. E, nos capítulos dois, três e quatro, retivemos o discurso direto de Lutero, conservando, tanto quanto possível, a at- mosfera de sua obra. Não incluímos cada argumento utilizado por Lutero, porque, se o fizéssemos, isso ampliaria indevidamente este sumário.

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