Header Ads

MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

UM ENTENDIMENTO BÍBLICO DA MEMBRESIA- MARK DEVER PASTOR DA IGREJA BATISTA EM WASHINGTON – SERIE O QUE É UMA IGREJA SAUDÁVEL

Resultado de imagem para livro QUE É UMA IGREJA SAUDÁVELSer membro de uma igreja é uma idéia bíblica? Em um sen- tido, não. Abra o Novo Testamento e ali você não achará uma história de Áquila e Priscila mudando-se para Roma, exa- minando uma igreja, depois outra e, por fim, decidindo unir-se a uma terceira. Do que podemos dizer, ninguém saía examinando as igrejas, porque havia uma única igreja em cada comunidade. Nesse sentido, você não acha uma lista de membros de igreja no Novo Testamento. Mas parece que as igrejas do Novo Testamento guardavam listas de pessoas, como as listas das viúvas que eram sustentadas pelas igre- jas (1Tm 5). Ainda mais importante: algumas passagens do Novo Tes- tamento sugerem que as igrejas tinham realmente alguma maneira de delinear seus membros. Sabiam quem pertencia à sua membresia e quem não pertencia. Por exemplo, em uma ocasião, um homem da igreja de Corinto estavavivendoemimoralidadeque não acontecia “nem mesmo entre os gentios” (1Co 5.1). Paulo escreveu àqueles crentes e lhes exortou que excluíssem tal homem de sua assembléia. Ora, pare e pense sobre isso. Nãosepode excluir formalmentealguém, seanteselenãoestiver formalmente incluído. Parece que Paulo se referiu a esse mesmo homem na carta poste- rior dirigida àqueles crentes, ao mencionar “a punição pela maioria” (2Co 2.6). Pare e pense novamente. Você só pode ter “maioria” se existe um grupo definido de pessoas e, neste caso, um grupo definido de membresia. Paulo se preocupava com os que “estavam dentro” e com os que “estavam fora”. Ele se preocupava porque o próprio Senhor Jesus dera às igrejas a autoridade para estabelecerem uma linha — da melhor forma que pudessem — ao redor de si mesmas, para distinguirem-se do mundo. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo oque desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18.18; ver também 16.19; Jo 20.23). Já dissemos que igrejas saudáveis são congregações que refletem crescentemente o caráter de Deus. Por isso, desejamos que nossos registros terreais se aproximem, tanto quanto possível, dos registros celestiais— aquelesnomesgravadosnolivrodavidado Cordeiro(Fp 4.3; Ap 21.27). Uma igreja saudável anela receber e admitir pessoas que profes- sem fé, como instruíram os autores do Novo Testamento. Ou seja, ela anela ter um entendimento bíblico da membresia. Um templo possui tijolos. Um rebanho, ovelhas. Uma vinha, ra- mos. E um corpo, membros. Em um sentido, ser membro da igreja começa quando Cristo nos salva e nos torna membros de seu corpo. Contudo, essa obra tem de expressar-se em uma igreja local. Nesse sentido, a membresia de igreja começa quando nos comprometemos com um corpo específico. Ser um cristão significa estar unido a uma igreja. As Escrituras nos instruem a reunir-nos regularmente, para que nos regozijemos em nossa esperança comum e nos estimulemos mu- tuamente ao amor e às boas obras (Hb 10.23-25). A membresia de igreja não é apenas um formulário que preenchemos. Não é um sen- timento. Não é uma demonstração de afeição por um lugar familiar. Não é uma expressão de lealdade ou deslealdade para com os pais. Deve ser o reflexo de um compromisso vivo. Se não é isso, a membre- sia eclesiástica é indigna. De fato, é pior do que indigna; é perigosa, conforme veremos em seguida. A prática da membresia eclesiástica entre os cristãos ocorre quando eles se ligam uns aos outros em responsabilidade e amor. Por nos identificarmos com uma igreja local específica, estamos dizendo aos pastores da igreja e aos demais membros não somente que nos comprometemos com eles, mas também que nos comprometemos com eles para reunir-nos, orar, contribuir e servir. Estamos lhes di- zendo que esperem certas coisas de nós e nos tenham como responsá- veis, se não os acompanharmos adequadamente. Unir-se a uma igreja é um ato em que dizemos: “Agora, vocês são responsáveis por mim, e sou responsável por vocês”. (Sim, isso é contrario à nossa cultura; e, ainda mais, é contrário à nossa natureza pecaminosa.) A membresia bíblica implica assumir responsabilidade. Resulta de nossas obrigações delineadas em todas as passagens bíblicas que expressam mutualidade — amarunsaosoutros, servirunsaosoutros, encorajar uns aos outros. Todos esses mandamentos devem estar su- mariados no pacto de uma igreja saudável (ver apêndice). Assimilar corretamente as três últimas marcas nos ajudará a entender de modo apropriado esta marca. Quanto mais os cristãos valorizam o evangelho, quanto mais entendem a conversão como uma obra de Deus e evangelizam ao ensinarem os “interessados” a considerarem o preço de seguir a Jesus, tanto mais eles crescerão no reconhecimento de suas responsabilidades mútuas; tanto menos con- siderarão a igreja como um compromisso ao qual você vem como lhe agrada e obtém oque puder ou como mais uma loja em que você pode pesquisar, no mercado ou shopping cristão; e tanto mais eles verão a si mesmos como um corpo em que todas as partes cuidam umas das outras — o lar em que vivem. Infelizmente, não é incomum acharmos uma grande lacuna entre o número de pessoas que integram oficialmente o rol de membros e o número de pessoas que freqüentam os cultos regularmente. Imagine umaigreja de 3.000 membros que temumafreqüência regularde 600 membros. Penso que muitos pastores em nossos dias se orgulham da suposta quantidade de membros e pouco se entristecem com o grande número de membros que não vêm aos cultos. De acordo com um estudo recente, uma igreja batista típica da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos possui 233 membros, e somente 70 destes freqüentam-na aos domingos de manhã. E a contribuição financeira está em melhores condições? Que igrejas têm orçamentos que se equiparam — ou excedem — aos 10% das rendas anuais conjugadas de seus membros. As limitações físicas podem impedir a freqüência, e os fardos fi- nanceiros, obstruir a contribuição. Contudo, alguém pode questio- nar se as igrejas não estão fazendo ídolos dos números. Os resultados numéricos podem ser idolatrados de modo semelhante a figuras es- culpidas — talvez mais facilmente. Creio, porém, que Deus avaliará nossa vida e julgará nossa obra não levando em conta os números. Por que é tão perigosa a atitude da não freqüentar as reuniões da igreja e esquivar-se das responsabilidades de membresia? Mem- bros que não se envolvem, confundem tanto os verdadeiros mem- bros como os não-cristãos quanto ao que significa ser um cristão. E os membros ativos não trazem qualquer benefício aos membros inativos quando permitem que permaneçam como membros, visto que ser membro é a sanção corporativa da igreja quanto à salvação de uma pessoa. Você assimilou isso? Ao chamar alguém de membro de sua igreja, você está dizendo que ele tem a aprovação de sua igreja quanto ao fato de que é um verdadeiro cristão. Portanto, se uma congregação não tem visto um de seus membros por vários meses, talvez anos, como ela pode testemunhar que ele está correndo com fidelidade a carreira cristã? Se um membro tem estado ausente e não se uniu a outra igreja genuinamente evangélica, como podemos saber se ele era realmente um dos nossos (ver 1Jo 2.19)? Não sabemosnecessariamentesepessoasquenãoseenvolvemcomaigreja não são cristãos, mas não podemos afirmarque elas são. Nãotemos de dizer àpessoa: “Sabemos que você está indo para o inferno”. Devemos apenas dizer: “Não podemos mais expressar nossa confiança de que você está indo para o Céu”. Quando uma pessoa está sempre ausente, a sanção da igreja é, no melhor, insensata e, no pior, desonesta. Uma igreja que pratica a disciplina bíblica não exige perfeição de seus membros; requer humildade e honestidade. Não os chama a tomarem decisões triviais, e sim a se envolverem no verdadeiro discipulado. Não despreza a importância das experiências do membro com Deus, mas tampouco fomenta pensamentos exage- rados sobre aqueles que ainda são indivíduos imperfeitos. Essa é a razão por que o Novo Testamento apresenta um papel de afirma- ção corporativa para aqueles que fazem parte da aliança com Deus e uns com os outros. Espero que as estatísticas de membresia das igrejas setornem mais e mais significativas, de modo que os membros nominais se tornem membros de fato. Isso implica remover, de tempos em tempos, nomes do rol de membros (embora o façamos com pesar). Muitas vezes, isso significa ensinar aos novos membros os propósitos de Deus para a igreja e lembrar, constantemente, aos que já eram membros, o seu compromissocomavidadaigreja. Emminhaprópriaigreja, fazemos isso de diversas maneiras, desde a classe de membros até à leitura do pacto da igreja cada vez que recebemos a ceia do Senhor. À medida que nossa igreja cresce em saúde, o número de pessoas nos domingos de manhã excede ao número de nomes alistados ofi- cialmente em nosso rol de membros. Com certeza, esse deveria ser o seu desejo para a sua igreja. Não expressamos amor às pessoas se lhes permitimos que se tor- nem membros de nossas igrejas por motivos sentimentais. Nós lhes demonstramos amor ao encorajá-las a unirem-se a outra igreja em quepodem amareser amadas semanalmente ou mesmo diariamente. No pacto de compromisso de minha igreja, prometemos: “Quando mudarmos deste local, tão logo quantopossível, nos uniremos aoutra igreja onde possamos cumprir o espírito deste pacto e os princípios da Palavra de Deus”. Esse compromisso é parte do discipulado saudável, especialmente em nossa época transitória. Aredescobertadapráticacuidadosadeumamembresiaeclesiás- tica terá muitos benefícios. Deixará mais evidente aos não-cristãos o testemunho de nossas igrejas. Fará com que seja mais difícil às ovelhas fracas afastarem-se do rebanho e continuarem identificando-se como ovelhas. Contribuirá para que nos concentremos e nos preparemos para atender ao discipulado de cristãos mais maduros. Ajudará os líderes das igrejas a saberem exatamente porquem eles são responsá- veis. Em tudo isso, Deus será glorificado. Ore para que o ser membro de igreja tenha mais significado do que tem agora. Assim, poderemos saber melhor por quem devemos orar, a quem encorajare desafiar na fé. Ser membro de igreja significa estar integrado, de modo prático, ao corpo de Cristo. Significa viajar- mos juntos como peregrinos e forasteiros, neste mundo, em direção aolarcelestial. Obviamente, outramarcadeumaigrejasaudáveléum entendimento bíblico da membresia da igreja

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.