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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

A BASE BÍBLICA PARA A PLENITUDE DO ESPÍRITO - PASTOR BILLY GRAHAM - O PODER DO ESPIRITO SANTO

Resultado de imagem para PASTOR BILLY GRAHAMAcho que é apropriado dizer que todo cristão não cheio do Espírito é incompleto. A ordem de Paulo aos cristãos de Éfeso, "enchei-vos do Espírito", é válida para todos os cristãos, em qualquer época, em qualquer lugar. Não há exceções. A conclusão lógica é que se nós recebemos a ordem de ser cheios do Espírito, estaremos pecando se não o formos. E o fato de que nós não estarmos cheios é um dos maiores pecados contra o Espírito Santo. É interessante observar que, na língua grega original que Paulo está usando, a ordem "enchei-vos do Espirito" na verdade transmite a idéia de ser continuamente enchido. Uma vez não é suficiente, como se nós fôssemos um balde. Devemos nos encher constantemente. Poderíamos traduzir: "Encham-se e continuem se enchendo do Espírito de Deus", ou "Estejam sendo cheios". Literalmente, Efésios 5:18 quer dizer: "Continuem se enchendo do Espirito". Dr. Merrill C. Tenney comparou isto com uma antiga cozinha de fazenda. Em um canto havia um tanque; acima dele um cano trazia continuamente água de uma fonte, mantendo o tanque sempre completamente cheio de água boa. O que sobrava saia por outro cano. Assim como este tanque, o cristão não deve esperar até estar vazio do Espírito, para se encher de novo; deve estar aceitando constantemente a orientação e a energia do Espírito, e estar sempre transbordando. Rios transbordantes e vida abundante são bênçãos à disposição de todos os cristãos. Se em nossas vidas não correm rios de água viva, não é porque Deus os esteja negando, mas porque nós não os queremos ou nos recusemos a cumprir as condições para tê-los. Em João 4, falando com a mulher samaritana no poço de Jacó, Jesus também estava ensinando este ser continuamente cheio do Espírito: "Quem beber desta água, tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna" (João 4:13, 14). Jesus falou do Espírito Santo nos mesmos termos em João 7:38: "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do Seu interior fluirão rios de água viva." A fonte que transborda e o rio que não seca são figuras das inesgotáveis bênçãos do Espírito Santo disponíveis a todos os cristãos. Se nós não temos esta água viva que Jesus fala – este ser constantemente cheio do Espírito Santo – não é porque Deus não nos queira concedê-la, mas porque não a queremos ou não queremos nos enquadrar nas condições que Deus estabeleceu para recebê-la. Uma vez, lendo João 7:38, de repente fiquei dominado de temor ao compreender a grandeza das palavras de Jesus. Ele não estava falando de gotas de bênçãos, poucas e a intervalos, como uma chuva leve num dia de primavera. Estava falando de rios de água viva. Pense no Amazonas, no Mississipi, no Danúbio, no Iangtsé: não importa quanta água tiremos deles, eles não secarão, mas continuarão o seu caminho cheios. As fontes que lhes dão origem continuam enviando água generosamente. Estes rios ilustram a vida de um cristão cheio do Espírito. Nunca há falta de suprimento, porque o Espírito Santo é fonte inesgotável. O bispo Moule disse certa vez: "Nunca esquecerei do que eu ganhei em termos de fé consciente e paz em minha alma logo depois que vi pela primeira vez de maneira decisiva e apropriada o Senhor crucificado como o sacrifício para a paz do pecador." Porque ele ganhou isto? Ele diz que foi por causa de "uma compreensão mais inteligente e consciente da personalidade viva e mais bondosa do Espírito; por Sua misericórdia a alma tinha tido a visão. Foi um novo contato com a atuação interna e eterna da redenção, em bondade e poder. Foi uma descoberta nova do que Deus tem para nós". Uma das orações do grande reavivamento do País de Gales foi esta: "Enche-me, Espírito, Mais que cheio quero estar; Eu, o menor dos Teus vasos, Posso muito transbordar."1 Nós temos de nos colocar à disposição do Espírito Santo, para que nos tornemos recipientes de bênçãos para o mundo quando Ele nos encher, não importa se grandes e bonitos em posição de destaque ou pequenos e sem chamar a atenção. Na minha opinião a igreja de Corinto foi uma das mais tristes e trágica do Novo Testamento. Seus membros tinham sido batizados com o Espírito; tinham recebido muitos dons do Espírito; poderiam ter sido muito elogiados. Mas Paulo diz que eles eram carnais e não espirituais. "Irmãos, eu não vos pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo. ... não é assim que sois carnais?" (1 Cor. 3:1, 3). Isto quer dizer que você e eu podemos ter um ou mais dons do Espírito e mesmo assim não ser espirituais, não ter "a plenitude do Espírito". É um engano dizer que ter o dom de evangelismo, ou o dom de pastor, ou de professor, ou o dom de línguas, ou o dom de curar (ou qualquer outro dom) é prova de que ternas a plenitude do Espírito. Além disto, qualquer dom que tenhamos não será usado por Deus em todo o seu potencial se não for colocado sob o controle do Espírito e equipado com o seu poder. Não há nada mais trágico que um dom de Deus mal usado para propósitos egoístas ou não espirituais. Portanto é de suma importância ser cheio do Espírito. Mas não devemos nos confundir com a terminologia, Alguns cristãos usam termos como "o segundo batismo", "a segunda bênção" ou "a segunda graça"; não encontramos nenhum destes termos na Bíblia, mas eu entendo que para muitas pessoas eles são apenas equivalentes para a plenitude do Espírito. O nome que darmos ao fato é menos importante que sermos mesmo cheios do Espírito. Eu não gosto de usar estes termos porque podem fazer confusão na mente de algumas pessoas. Eu pessoalmente estou convicto de que a Bíblia ensina que somos batizados uma vez com o Espírito – quando crermos em Cristo pela primeira vez. A Bíblia ensina que podemos ser enchidos muitas vezes – na verdade, devermos estar sempre cheios do Espírito. Batismo, uma vez – cheio, muitas! Eu não acho nada na Escritura que indique que deve haver um "batismo do Espírito" em nossas vidas depois da conversão. Ele já está em nós, e nós devemos nos entregar a Ele continuamente; mas eu não condeno os que têm um ponto de vista diferente. Muitos dos que têm outro ponto de vista são amigos íntimos meus. Diferenças sobre este assunto não são razão para dividir os cristãos. Talvez tenhamos de reverter a figura que estamos usando. Quando estamos cheios do Espírito, a questão não é termos mais dEle, apesar de Sua atuação em nós ser quantitativa; a questão não é quanto do Espírito nós temos, mas quanto o Espírito tem de nós. Ele está em nós em toda a Sua plenitude, esteja isto visível em nossas vidas ou não. Quando nós recebemos a Cristo como Salvador e Senhor, você e eu estamos recebendo-O todo, não em parte. À medida que vamos entendendo mais do Seu senhorio vamos nos entregando e submetendo mais a Ele. Da mesma maneira, procurando ser cheios do Espírito, receberemos Sua plenitude e nos alegraremos mais e mais com ela. No momento em que recebemos a Cristo como Salvador nossa capacidade espiritual é muito pequena. Nós nos entregamos a Ele como Senhor e Salvador da melhor maneira que sabemos. Podemos até dizer que somos enchidos com o Espírito naquele momento no sentido de que estamos sob Sua influência e sob Seu controle. Mas ainda há muitas áreas de nossa vida que precisam ser colocadas sob Seu controle. Naquele momento talvez nem saibamos isto ainda. À medida que crescemos na graça e no conhecimento de Cristo, aumenta nossa capacidade espiritual. Logo descobrimos que nossa vida cristã não é "perfeita" ainda, tropeçamos e pecamos freqüentemente – o que às vezes nem notamos. Também existem muitos pecados por omissão – coisas que deveríamos estar fazendo e atitudes que deveríamos estar tendo, a que ainda não nos acostumamos. Parte da função do Espírito Santo é nos convencer destes pecados e nos levar a um verdadeiro arrependimento. Nestas horas precisamos ser enchidos de maneira nova pelo Espírito Santo, para que Ele nos controle e domine. Podem ainda surgir novas tarefas e desafios da parte de Deus, e estes sempre nos devem levar a procurar de maneira nova o poder e a presença – a plenitude – do Espírito Santo. Um cristão jovem também costuma pensar que ele deve combater o pecado em sua vida com sua própria força e sabedoria, ou cumprir alguma tarefa que Deus lhe tenha dado. Uma pessoa assim compreendeu que sua salvação está baseada totalmente no que Deus fez em Cristo, mas não sabe que depende da mesma maneira de Deus Espírito Santo para seu crescimento como cristão. Ele luta com bravura contra as tentações, procura falar de Cristo com entusiasmo, mas vê pouco ou nenhum progresso. Por quê? Porque ele está fazendo tudo com a energia da carne, não com o poder do Espírito. Uma pessoa assim precisa entender por que Deus enviou o Espírito Santo, e submeter-se a seu controle. Precisa ser cheio Espírito. Às vezes, em situações como esta, o Espírito pode encher uma pessoa de maneira especial e inesquecível. Outros cristãos que são mais maduros ainda podem ter uma experiência espiritual maravilhosa, sentindo como o Espírito os enche de uma maneira nova e indescritível, Algumas pessoas chamam isto de "batismo do Espírito", mas eu acho que é mais bíblico falar de uma nova "plenitude do Espírito Santo". Podemos ter esta experiência em um momento critico da nossa vida, quando estamos enfrentando uma decisão crucial ou algum problema ou desafio especialmente difícil. Esta experiência também pode vir bem de mansinho. Pode haver ocasiões em que sentimos muito claramente que o Espírito nos está enchendo, e outras em que nem nos apercebemos disto. Eu já experimentei ambos em minha vida. Tive momentos de profunda consciência da presença do Espírito Santo. Tive outros em que me sentia fraco e incapaz, mas olhando para trás vejo como o Espírito Santo estava controlando minha vida. Também experimentei momentos em que sentia o Espírito me enchendo, acrescentando forças para eu poder cumprir alguma tarefa especial. Em 1954 nós viajamos para a Inglaterra, para uma cruzada que deveria durar três meses. Enquanto estava no navio eu tive um sentimento definido de opressão. Parecia que Satanás tinha reunido contra mim um exército inteiro de sua artilharia, Além de me sentir oprimida, uma profunda depressão tomou conta de mim, e um sentimento de incapacidade para a tarefa que tinha à frente. Orei quase dia e noite. Entendi de maneira nova a que Paulo se referia quando disse: "Orai sem cessar". E então, um dia, reunido com minha esposa e alguns amigos para orar, veio a vitória. Enquanto eu chorava diante do Senhor, enchia-me uma certeza profunda de que a Deus pertencia todo o poder, e que Ele era fiel. Eu tinha sido batizado com o Espírito no corpo de Cristo quando fui salvo, mas eu creio que Deus me deu uma confirmação especial naquela viagem à Inglaterra. Daquele momento em diante eu tinha confiança de que Deus Espírito Santo estava controlando a cruzada de 1954 em Londres. O que se confirmou. Eu já tinha tido antes experiências como esta, e as tive ainda muitas vezes depois. Às vezes não há derramamento de lágrimas. Outras vezes a certeza de que eu estava sendo enchido do Espírito para a tarefa que iria enfrentar vinha durante a noite, enquanto estava deitado acordado em minha cama. Mas houve muito mais ocasiões em que eu tinha de dizer como o apóstolo Paulo: "Foi em fraqueza, temor e grande temor que eu estive entre vós" (1 Cor. 2:3). Freqüentemente diversos integrantes da minha equipe vinham me dizer que quando eu tinha sentido menos liberdade para pregar ou o maior sentimento de fracasso o poder de Deus se tinha manifestado mais. Em outras palavras, o que Paulo escreveu adiante em sua carta à Igreja em Corinto ainda é verdade: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus" (1 Cor. 2:4,5). Observe que os que ouviram a palavra sentiram o poder, não necessariamente o que a pronunciou. Encher não implica necessariamente em "sentir".

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