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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

“TRAGÉDIA DE LINHARES” REVELA DIFICULDADE DA IGREJA EM TRATAR ESCÂNDALOS UM DOS PASTORES DE DENOMINAÇÃO SE DESLIGOU, ALEGANDO "FALTA DE CONFIANÇA" POR JARBAS ARAGÃO

George AlvesA chamada “tragédia de Linhares” – incêndio que resultou na morte dos irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, em 21 de abril – chamou atenção para uma questão delicada no meio evangélico: a maneira como a Igreja deve tratar os escândalos. O casal de pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Salles está preso, acusado de terem premeditado o crime. A polícia diz que George, como o suspeito é mais conhecido, teria estuprado e espancado as crianças e colocou fogo na casa para encobrir seus atos. No telefone de Juliana haveria indícios de que ela sabia da intenção dele e que ambos usariam a tragédia para benefício próprio e verem um crescimento na igreja que lideravam em Linhares, norte do Espírito Santo. Os advogados deles negam as acusações.Até o momento não houve nenhum pronunciamento da denominação sobre a situação, mostrando que existe uma grande dificuldade de muitas igrejas evangélicas em tratar publicamente de situações que arranhem a imagem da igreja diante de sociedade. Ainda que existam instruções bíblicas específicas sobre isso, elas não são seguidas à risca quando atingem a liderança. Pai cobra denominação Um protesto contra a violência sofrida por crianças e adolescentes ocorreu neste domingo (1), na orla da Praia de Camburi (ES) reuniu dezenas de pessoas. Seu organizador foi o comerciante Rayni Butkovsk – pai de Kauã e primeiro marido de Juliana. Durante a manifestação, Rayni cobrou abertamente um posicionamento do Ministério Batista Vida e Paz, denominação que reúne várias igrejas em MG e ES. “É uma congregação. Eles cuidam de crianças, cuidam de famílias. Como que em nenhum momento falou do luto pelas crianças ou declarou alguma coisa? Só pegaram a Juliana e guardaram dentro de casa. Eles têm que dar algum pronunciamento”, desabafou. “Com a prisão do George e com os fatos que foram revelados sobre o plano macabro deles e toda a falsidade desde o início, a igreja ainda não se manifestou”, asseverou. Pastor se desliga Ao mesmo tempo, o pastor Abisai Junior, amigo do casal de pastores presos, anunciou sua saída da Igreja Batista Vida e Paz, que ele liderava em Conceição da Barra, norte do Espírito Santo. Ele publicou um vídeo nas redes sociais, onde afirma “não concordar com muitas coisas e não confiar na igreja”. Sem dar maiores detalhes, disse esperar “que todos entendam a minha posição e a razão de eu estar fazendo isso”. Abisai tomou a decisão cinco dias após tornar-se alvo de investigação do Ministério Público do Espírito Santo. Ele é suspeito de prestar falso testemunho à Polícia Civil. Dias após o incêndio, ele prestou depoimento em favor do casal de pastores, a pedido dos advogados de defesa de Georgeval. Durante culto em sua igreja, um dia após a morte das crianças, Abisai pediu ofertas, para entregar ao casal Juliana e George para “reconstruir a vida deles”. Há registros que o mesmo ocorreu em todas as Igrejas Batistas Vida e Paz. Silêncio da denominação Fundada pelo apóstolo Luiz Fernando Duarte e sediada em Governador Valadares, Minas Gerais, a Ministério Batista Vida e Paz não é ligado às grandes denominações batistas do país. O pastor e diretor-geral das Convenção Batista do Estado do Espírito Santo, Diego Bravim, explica que a utilização do nome “batista” não pode ser proibida: “A marca (batista) não é patenteada, então qualquer pessoa pode usar, como Assembleia de Deus […] Mas nem todas, por carregarem o nome Batista, são filiadas propriamente a uma igreja Batista. E aí você não tem esse controle, de vetar qualquer tipo de uso do nome ou da marca porque ela não é patenteada, não é exclusiva”. Segundo Abisai Júnior, George, que era cabeleireiro em São Paulo, tornou-se pastor depois que mudou de estado. “Ele se tornou líder no Espírito Santo, mas não é formado em teologia”, lembra. Após sua prisão, a Igreja Batista Vida e Paz de Linhares, que chegou a reunir 300 pessoas trocou a liderança. Não houve qualquer manifestação da denominação sobre os pastores presos continuarem sendo parte dela. Com informações G1 e Gazeta Online

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