AUTOR FALA SOBRE OS CONFLITOS DA EDUCAÇÃO TEOLÓGICA EM IGREJAS PENTECOSTAIS TEÓLOGO ALERTA QUE ALGUNS CRISTÃOS PENTECOSTAIS PRIORIZAM A EXPERIÊNCIA RELIGIOSA E DESPREZAM A EDUCAÇÃO TEOLÓGICA POR CRIS BELONI
Visando como público-alvo pesquisadores, professores de teologia e pastores, Orlando Martins escreve seu primeiro livro sobre os conflitos entre o movimento pentecostal e a educação teológica.
O escritor é formado em teologia e jornalismo, especialista em educação e mestre em teologia. Atualmente, o doutorando em Sociologia no ISCTE em Lisboa, Portugal tem colaborado com as igrejas nesse país.
“Pesquisei sobre a relação de conflito que, historicamente, sempre houve entre o movimento pentecostal e a educação teológica. Aprofundei minha pesquisa sobre o tema, quando fiz a minha dissertação de mestrado em Teologia que originou este livro”, conta.
Sobre o conteúdo do livro
O livro “A História da Educação Teológica no Pentecostalismo Brasileiro” revisita a história dos embates entre as lideranças nas questões da instrução teológica nas Assembleias de Deus.
Para alguns, essa problemática pode estar superada, mas o autor destaca que “mesmo com a abertura da denominação ao conhecimento teológico formal, ainda dentro de seus arraiais eclesiásticos há resistências, principalmente por aqueles que advogam mais a favor da importância da experiência religiosa do que a favor da educação teológica”, explicou.
Orlando fez um levantamento documental e bibliográfico para comprovar que “existiu conflito entre a missão sueca, contrária à fundação de institutos bíblicos e a missão americana, que apoiava a fundação destes institutos”, revela.
A História da Educação Teológica no Pentecostalismo Brasileiro
A História da Educação Teológica no Pentecostalismo Brasileiro
Embates que duraram décadas
Segundo o autor, os embates ainda não foram superados. “Eles aparecem nas escolhas e práticas dos obreiros assembleianos da atualidade”, disse.
Orlando destaca em seu livro uma entrevista com o pastor e teólogo Antônio Gilberto, que foi por muitos anos o consultor doutrinário da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Ele conta que o pastor reclamou da falta de apoio, disposição e patrocínio dos líderes aos professores pentecostais.
“O relato do pastor Antônio Gilberto retrata a falta de incentivo à Educação Cristã. Não só isso. Fica em evidência nas ordenações ao ministério a preferência ao preletor que se destaca mais por envolver a Igreja com sua oratória, do que por apresentar um sermão com profundidade bíblica”, pondera.
A realidade, segundo o estudioso, é que “apesar de hoje haver um grande incentivo para que os cristãos assembleianos estudem teologia, e de ser um dos pré-requisitos para a ordenação de um obreiro, ainda falta muito apoio não somente dos pastores, mas da comunidade de modo geral”, explica.
Para o autor, as chamadas “temporalidades históricas” ainda estão presentes nas igrejas assembleianas. “Em pleno século XXI, com tantas transformações estéticas e tecnológicas dentro da denominação, a antiga mentalidade sobre o estudo teológico ainda resiste. É a herança sueca, o legado que ainda persiste”, conclui.
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