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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

FABIANO CONTARATO, PRIMEIRO SENADOR GAY, DIZ QUE LIBERDADE RELIGIOSA NÃO SUPERA DIREITOS LGBT TIAGO CHAGAS

Resultado de imagem para FABIANO CONTARATO, PRIMEIRO SENADOR GAY, DIZ QUE LIBERDADE RELIGIOSA NÃO SUPERA DIREITOS LGBT TIAGO CHAGASO senador Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou que a criminalização da homofobia deve se sobrepor ao direito de liberdade religiosa, o que representa um cerceamento da livre manifestação a partir de uma convicção de fé. Na prática, o político esquerdista defende que cristãos não possam mais pregar que a Bíblia define a homossexualidade como um pecado. Eleito em 2018 para uma das vagas do estado do Espírito Santo, Contarato, 52 anos, é o primeiro senador da República assumidamente homossexual, professor de Direito e delegado da Polícia Civil. Numa entrevista concedida ao portal progressista Huffpost Brasil, Fabiano Contarato disse não ter dúvidas de que o direito à liberdade religiosa tem sido usado para promover posições moralistas extremistas. “O ser humano se esconde por trás desse manto da religiosidade que está indo ao arrepio daquela religião. E não estou falando da religião A, B ou C. Eles lançam como pano de fundo a justificativa da religiosidade justamente para mascarar esse comportamento que vai violar direitos. É disso que não quero fazer parte. Quero lutar para que tenhamos efetivamente o que está consagrado no artigo V da Constituição, que ‘todos somos iguais perante a Lei’”, declarou o senador. Atualmente, a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) que criminalizou a homofobia e a equiparou ao crime de racismo, está inconclusa e, segundo o pastor Marco Feliciano (PODE-SP), deputado federal, essa suspensão se deve a um acordo com o presidente da Corte, ministro José Dias Toffoli, para que o Congresso produza um projeto de lei sobre o assunto, permitindo assim a salvaguarda da liberdade religiosa. Para o senador capixaba, esse tipo de acordo é “lamentável”, pois irá garantir que líderes religiosos continuem pregando livremente sobre a homossexualidade e sua ofensa aos princípios bíblicos. “Não tem que tirar de pauta porque é um problema que atinge milhões de brasileiros”, alegou Contarato. “As pessoas estão sendo vítimas diuturnamente. É o princípio constitucional de que, se não tiver uma lei falando que aquilo é crime, não vai ser crime. Então o Supremo tem que se manifestar, porque o Legislativo está omisso”, criticou. “No que pese [um projeto de lei] ter passado na Comissão de Constituição e Justiça [do Senado] isso foi uma etapa. Ainda não passou em definitivo. Tem que ir para o plenário. Aí vai para Câmara. Lá a influência é muito maior, porque são 513 deputados federais. Para, ao término disso, ir para sanção do presidente, com o presidente atual que nós temos. Ele vai sancionar? Não sou Alice no País das Maravilhas para entender que, se hoje cair nas mãos do presidente criminalizar a homofobia, achar que ele vai criminalizar. O Supremo tem que julgar, independente do Senado. A matéria está pautada. Tem 6 votos. Tem que dar continuidade. Se amanhã ou depois o Legislativo legislar, ótimo. Mas, se não, não podemos ficar dormindo eternamente em berço esplêndido”, disse o político e ativista LGBT. Em outro trecho da entrevista, o primeiro senador gay do Brasil fez um ataque à ministra Damares Alves, que é pastora evangélica: “Acho lamentável o chefe do Executivo escolher uma pessoa com o perfil dessa ministra. Ela não dialoga com a população, fecha os olhos para a realidade do Brasil. Temos uma população de 220 milhões de pessoas com um comportamento diversificado e ela tem que entender que a ministra de um país tem que ter um olhar humanizador. Tem que se colocar no lugar do outro e entender que está ali para promover política pública de inclusão, valorização da mulher”, afirmou. “Ela tem falas fundamentalistas e preconceituosas até mesmo com as mulheres. Vi outro dia ela numa sabatina na Câmara falando para uma deputada ‘você é tão bonita que não precisava nem fazer pergunta’. O que posso esperar disso? Uma pessoa que fala que a princesa de um desenho ficou só porque era lésbica. São comportamentos que, com todo respeito, eu acho lamentável. Não é a ministra de um verdadeiro estado democrático de direito”, acrescentou Fabiano Contarato.

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