GOVERNADOR DO RJ SUGERE QUE TRAFICANTES TROQUEM FUZIS POR BÍBLIAS PARA SALVAREM SUAS VIDAS TIAGO CHAGAS
Desde que venceu as eleições para o governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) tem enfatizado que a Polícia está orientada a agir com força letal contra traficantes que forem pegos portando fuzis nas favelas. Agora, o político sugeriu que os criminosos troquem as armas pela Bíblia.
Witzel, que é ex-juiz, declarou que as forças de segurança do estado estão orientadas a agir de maneira preventiva, mesmo que isso represente mortes entre os delinquentes. “Não saia de fuzil na rua, não. Troca por uma Bíblia, que se você sair [armado], nós vamos te matar”, declarou o governador.
A afirmação em tom de guerra ao tráfico foi feita numa entrevista à apresentadora Antonia Fontenelle, que veicula o programa Na Lata em seu canal no YouTube. O vídeo foi publicado na última terça-feira, 06 de agosto.
Além disso, Witzel afirmou que tem dialogado com membros do Poder Judiciário para que uma política socioeducativa seja implementada no estado com relação aos usuários de drogas. O governador quer que os dependentes químicos que forem pegos pela Polícia cumpram medidas alternativas, como por exemplo, a limpeza das praias.
Essa ação se encaixaria como medida de prestação de serviços à comunidade, prevista na Lei de Drogas (11.343/06), de acordo com Witzel. “Durante cinco meses, vai trabalhar uma vez por semana, durante uma ou duas horas, depende do que o juiz fixar nessa pena”, comentou. “Será uma atividade muito importante ter um apenado, que é usuário de substância entorpecente, catar lixo na praia”.
Afeito a polêmicas, o governador fluminense já havia causado espanto à imprensa ao dizer que tinha intenção de “prender maconheiro na praia”. Esse estilo franco, no entanto, não é coincidência: Wilson Witzel tem pretensão, assumida, de substituir Jair Bolsonaro (PSL) na presidência da República.
Antonia Fontenelle questionou se o governador quer se tornar presidente e ele admitiu que sim, e enfatizou: “De preferência sucedendo o presidente Bolsonaro”. Com cautela, declarou que não sabe se sua candidatura ao Planalto já ocorrerá em 2022, pois estará “em parceria com Bolsonaro, estaremos juntos”.
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