ISRAEL TEM TERCEIRA ELEIÇÃO EM MENOS DE UM ANO PARA DEFINIR IMPASSE POLÍTICO ISRAEL REALIZA SUA TERCEIRA ELEIÇÃO EM MENOS DE UM ANO, EM BUSCA DE DEFINIR A FORMAÇÃO DO NOVO GOVERNO. FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1
Pela terceira vez em menos de um ano, os israelenses voltam às urnas nesta segunda-feira (2) em busca do fim do impasse político no governo de Israel, iniciado com o fim da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em maio de 2019.
A votação acontece apenas duas semanas antes de Netanyahu, que está no cargo há 10 anos, ser julgado diante das acusações de suborno, fraude e quebra de confiança.
No entanto, pesquisas finais indicam que Netanyahu não perdeu apoio desde as pesquisas eleitorais feitas em abril e setembro, quando aconteceram as duas eleições anteriores.
O resultado das urnas nesta segunda-feira não definirá quem vai governar Israel. Para se formar um governo no país, é preciso conseguir a maioria dos 120 assentos no Knesset, o Parlamento israelense. Para isso, é preciso que partidos políticos se unam em uma coalizão — um processo que costuma levar cerca de um mês para se oficializar.
Há também a possibilidade de o impasse político continuar, e Israel se encaminhar para mais uma eleição.
O impasse se tornou uma realidade no país porque Netanyahu não conseguiu, por duas vezes, formar uma ampla maioria no Knesset. Seu opositor, Benny Gantz, também foi convidado para tentar formar uma coalizão, mas não deu certo.
Setembro de 2019. Os israelenses voltam às urnas, mas o impasse se mantém: nenhum partido consegue maioria. O presidente Reuven Rivlin pede a Netanyahu que tente formar coalizão, por considerar que ele tem mais chances do que Gantz.
Hoje Israel tem um governo provisório liderado por Netanyahu. Segundo as pesquisas, ainda não está claro se as eleições serão suficientes para dar início a uma coalizão majoritária.
Cenário para Netanyahu
Para o primeiro-ministro, as eleições de Israel têm uma importância ainda maior diante das denúncias corrupção, formalmente indiciadas em janeiro pelo procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit.
Netanyahu é acusado de garantir favores em troca de uma cobertura de imprensa positiva sobre ele e a mulher, Sara, além de receber presentes, como garrafas de champagne e charutos, de um produtor de Hollywood e de um bilionário australiano.
O julgamento de Netanyahu está previsto para começar em 17 de março, apenas 15 dias depois das eleições. Isso pode interferir no processo de formação do novo governo.
Enquanto isso, Netanyahu continua cumprindo sua agenda política. Ele participou do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um plano de paz entre Israel e Palestina, um projeto criticado pelos palestinos e apoiado por israelenses.
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