FELICIANO FORMALIZA ENTRADA NO REPUBLICANOS E AGUARDA FUNDAÇÃO DO PARTIDO DE BOLSONARO TIAGO CHAGAS
O Republicanos é o novo partido do pastor Marco Feliciano, que exerce seu terceiro mandato como deputado federal por São Paulo. Ele foi expulso do Podemos por conta de seu alinhamento intransigente com o presidente Jair Bolsonaro.
A nova legenda de Feliciano é o antigo Partido Republicano Brasileiro (PRB), fundado em 2003 e que conta com o deputado Marcos Pereira como presidente. Conhecido nos bastidores da política como o “partido da Igreja Universal”, o Republicanos abriga o maior número de parlamentares da bancada evangélica.
Entretanto, a filiação de Feliciano ao Republicanos é provisória e faz parte de um acordo de cavalheiros entre o grupo político mais próximo do presidente Bolsonaro e os principais articuladores do bispo Edir Macedo no Congresso. De acordo com informações da Agência Estado, Feliciano migrará para o Aliança Pelo Brasil (APB) tão logo o partido seja fundado.
Como foi expulso pelo Podemos, Feliciano pode migrar de partido sem perder seu mandato na Câmara. Em outra frente, o pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento estaria trabalhando para conquistar a indicação de Bolsonaro à vice-presidência caso o mandatário concorra à reeleição em 2022.
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Meses atrás, Feliciano se indispôs fortemente com o vice-presidente, general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), e chegou a protocolar um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, numa iniciativa inédita na política brasileira. Após esse episódio, Mourão mudou sua postura e evitou declarações que o colocassem em rota de colisão com Bolsonaro.
Há, ainda, a possibilidade de Feliciano disputar a indicação do Republicanos para a disputa pela prefeitura de São Paulo nas eleições municipais do segundo semestre desse ano contra o prefeito Bruno Covas (PSDB). Para isso, ele precisaria vencer a concorrência interna do deputado Celso Russomanno, tradicional candidato do partido ao Palácio do Anhangabaú e que chegou a liderar a disputa em 2016, mas terminou derrotado por João Doria (PSDB).
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