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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

IGREJAS ESTARIAM PRESSIONANDO BOLSONARO POR ANULAÇÃO DE MULTAS DA RECEITA FEDERAL TIAGO CHAGAS

Igrejas estariam pressionando Bolsonaro por anulação de multas da Receita FederalO presidente Jair Bolsonaro tem sido pressionado por algumas igrejas neopentecostais a agir para convencer a Receita Federal a cancelar multas que foram aplicadas por um suposto descumprimento das regras que garantem a isenção fiscal aos templos religiosos. A Receita Federal investigou a destinação do saldo final das arrecadações anuais das igrejas, e descobriu que algumas têm distribuído esse excedente entre seus pastores, como uma espécie de distribuição de lucros. A regra que isenta as igrejas não abrange esse saldo, que deveria ser tributado como parte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas supostamente vinha sendo burlado através do pagamento de bonificações aos sacerdotes que lideram as congregações com maior número de membros. Nesse entendimento, a Receita Federal entende que a prebenda – termo usado para se referir aos salários dos pastores e que é isento de tributação – estaria sendo usada para burlar as contribuições devidas pelas igrejas ao Fisco. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a lei condiciona o benefício ao pagamento de um valor fixo, sem parcela variável conforme a natureza ou a quantidade do trabalho. Na prática, a Receita começou a identificar nos últimos anos que igrejas se valiam da prebenda para distribuir o saldo dos dízimos e ofertas após consolidação de entradas e saídas, o que caracterizaria uma espécie de participação nos lucros ou pagamento de remuneração variável. Assim, a Receita Federal passou a autuar e cobrar os tributos devidos com multas e encargos sobre a parcela variável da prebenda, e esses valores têm se acumulado ao longo dos anos. Uma lei de 2015 diz que valores pagos a título de ajuda de custo de moradia, transporte e formação educacional são isentos de tributação, o que obrigou a Receita a exigir documentação das igrejas comprovando o direcionamento desses valores para cobrir os gastos alegados, e dentro desse contexto, continuou aplicando multas. A pressão das lideranças dessas igrejas junto ao governo se dá, também, pelo desejo de que as multas aplicadas nos anos anteriores à lei de 2015 sejam anuladas. Para a Receita, a norma não retroage, ou seja, as cobranças anteriores continuam. Atualmente, representantes das diferentes denominações tem estado em contato com o Ministério da Economia numa tentativa de construir um entendimento com o ministro Paulo Guedes, como forma de alcançar uma solução.

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