BLOQUEADA, BBOM PROPÕE AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL REFORMULAR NEGÓCIOS
Divulgação: João Francisco de
Paulo, proprietário da BBom, esteve na reunião; Suspeita de ser uma pirâmide
financeira, a BBom sugeriu ao Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) que
poderia reformular seu modelo de negócios. A proposta, porém, não vai ter
nenhum impacto imediato sobre a liminar que, no início do mês, congelou contas
da empresa. Representantes da BBom reuniram-se nesta sexta-feira (26) com a
procuradora da República em Goiás, Mariane de Mello, responsável pelas
investigações. A empresa solicitou o encontro com o objetivo de, segundo sua
assessoria, "apresentar esclarecimentos" e dissociar a imagem da BBom
da Telexfree – também suspeita de ser uma pirâmide financeira e que teve suas
contas congeladas. Segundo a assessoria do MPF-GO, os representantes da BBom
mostraram preocupação em "reformular" a empresa e sugeriram a
possibilidade de contratar uma consultoria externa para esse trabalho. A
procuradora se comprometeu a analisar os documentos que vierem a ser
apresentados. Durante o encontro, porém, não foi discutido nenhum acordo ou
proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que pudesse levar à revogação
da liminar que bloqueia as atividades da empresa. Também não ficou agendada
nenhuma nova reunião. A assessoria da BBom não comentou a possibilidade de
contratar uma consultoria externa para reformular os negócios. Suspeita de
pirâmide: A BBom surgiu em fevereiro deste ano como uma empresa de marketing
multinível. Desde então, recrutou cerca de 300 mil revendedores – chamados de
associados – com promessas de ganhos expressivos com a revenda de assinaturas
dos serviços de monitoramento e rastreamento da Embrasystem, dona da marca. Para
a procuradora Mariane, a BBom na verdade se sustenta com as taxas de adesão
pagas pelos associados. Por isso, é uma pirâmide financeira, já que depende da
contínua entrada de integrantes na rede para se manter. Em 10 de julho, a juíza
substituta da 4ª Vara Federal em Goiás, Luciana Laurenti Gheller, aceitou a
denúncia e determinou por liminar – decisão temporária – o bloqueio de R$ 300
milhões das contas do grupo Embrasystem e de seus proprietários . No dia 16, a
juíza expandiu a liminar para impedir que a BBom cadastrasse novos associados e
recolhesse as mensalidades de quem já está na rede . O recurso da empresa
contra a decisão chegou às mãos do desembargador federal Carlos Moreira Alves
em 19 de julho. Procurado, o gabinete do magistrado informou não haver previsão
para julgamento. Além da BBom, outras 18 empresas são investigadas em todo o
País por suspeita de serem pirâmides financeiras . Em junho, a Justiça Estadual
do Acre determinou o bloqueio das contas da Telexfree. Os representantes da
BBom e da Telexfree sempre negaram irregularidades. Fonte: Portal IG
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