FRENTE PARLAMENTAR SOBRE MARKETING MULTINÍVEL FOI LANÇADA HOJE COM DEBATE
A Frente Parlamentar sobre Marketing Multinível no
Brasil será lançada hoje com audiência pública, marcada para as 10 horas, no
auditório Nereu Ramos. O objetivo da frente é debater a atuação das empresas do
ramo, criando mecanismos para identificar quais apresentam produtos seguros
para os clientes e quais se caracterizam pela formação de pirâmides ou têm
finalidade de desvio de dinheiro. Segundo o presidente da frente, deputado
Acelino Popó (PRB-BA), algumas entidades se uniram para propor a criação de um
projeto de lei para regulamentar a atividade. Dessa forma, a população poderia
identificar as regras que deverão ser cumpridas pelas empresas, e os
empresários do seguimento se adequariam à lei. Popó afirma que já existe um
esboço do projeto, que será discutido nas reuniões da frente parlamentar e
também na subcomissão criada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio. “Precisamos de toda transparência possível. Estamos
buscando a verdade”, diz o deputado. Foram convidados para a audiência pública
representantes do Ministério Público e das empresas do setor, como Telexfree,
BBom e AmyWay. Em agosto, comissões da Câmara realizaram debate com os
presidentes da TelexFree e BBom para avaliar denúncias que estão sendo
investigadas pelo Ministério Público de vários estados. As empresas são
acusadas de movimentar um esquema de pirâmide financeira, tipificado como crime
na Lei de Economia Popular, com penas que vão de seis meses a dois anos de
prisão. Na audiência de agosto, Popó criticou a paralisação das empresas,
determinada pela Justiça, argumentando que famílias venderam bens para apostar
nessa atividade e hoje passam por dificuldades financeiras. As atividades
Telexfree foram suspensas pela Justiça do Acre e as da BBom, pela de Goiás – os
participantes tiveram os investimentos bloqueados. A vice-presidente da frente
parlamentar, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), também criticou o bloqueio
dos recursos determinado pela Justiça. Ela afirma que no Acre, estado com menos
de 800 mil habitantes, pelo menos 100 mil pessoas investiram nesse negócio e
algumas "estão passando fome" por causa da paralisação das empresas. Fonte:
Site da Câmara Federal
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