IG PUBLICA: JUSTIÇA DO ACRE ENVIA PROCESSO A BRASÍLIA NESTA SEMANA
Cezarinete: magistrada autoriza ida do processo a
Brasília, mas nega a liberação imediata das contas. A Telexfree terá duas novas
chances em Brasília, onde seus advogados já sofreram quatro derrotas nas
tentativa de desbloquear o negócio, acusado de ser uma pirâmide financeira com
cerca de 1 milhão de integrantes. Seus representantes negam irregularidades, e
não responderam ao pedido de comentário para esta reportagem. No último dia 20
de setembro, o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) deu sinal verde para que
recursos especial e extraordinário da Telexfree sejam avaliados pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
respectivamente. A desembargadora Cezariente Angelim, vice-presidente do TJ-AC,
entretanto, recusou o pedido de liberação imediata das contas e atividades da
empresa. Os dois recursos devem chegar a Brasília ainda nesta semana, segundo o
TJ-AC, mas ainda precisam passar pelo filtro dos integrantes dos dois tribunais
superiores antes de serem julgados. Isso não tem data para ocorrer. No STJ, a
ministra Isabel Galloti, responsável por negar um pedido anterior, sinalizou
que as chances são pequenas. A decisão favorável do TJ-AC, entretanto, já é
suficiente para que os advogados da Telexfree tentem novamente conseguir em
Brasília a liberação imediata da empresa. Eles já fizeram isso uma vez , em
agosto, mas tanto a ministra Isabel, do STJ, quanto o ministro Luis Roberto
Barroso, do STF, argumentaram à época que os pedidos não podiam ser aceitos
antes de o Tribunal de Justiça do Acre autorizar que os recursos da empresa
chegassem a Brasília. As contas da Telexfree estão bloqueadas há 106 dias a pedido
do Ministério Público do Acre (MP-AC). Para os promotores, a empresa é uma
pirâmide financeira usa as taxas de adesão pagas por quem entra por último para
remunerar que entrou primeiro. O congelamento dos recursos tem por objetivo
ressarcir quem investiu dinheiro no negócio. Os representantes da Telexfree
negam, e afirmam que a empresa atua no mercado de telefonia VoIP por meio do
sistema de marketing multinível – modelo de varejo legal em que os revendedores
são premiados pelas vendas de outros revendedores que trazem para o negócio. Em
18 de junho, a juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível de Rio Branco (AC), aceitou
o pedido do MP-AC e determinou o bloqueio das contas e atividades da empresa.
Os advogados da Telexfree recorreram, mas sofreram ao menos 14 derrotas até
agora nesse processo (veja cronologia abaixo). Liberação imediata: A última
derrota ocorreu no dia 20 de setembro. Apesar de permitir que os recursos da
Telexfree sejam avaliados pelo STF e pelo STJ, a desembargadora Cezarinete
Angelim, do TJ-AC, negou um pedido de liberação imediata das contas e
atividades da empresa. A magistrada disse que os argumentos apresentados pelos
advogados não eram suficientes para provar que a empresa não é uma pirâmide
financeira, como acusa o Ministério Público do Acre (MP-AC). Eles chegaram a
argumentar que o bloqueio poderia levar ao “derretimento patrimonial” da
Telexfree.
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