EVANGELIZAÇÃO E IGREJA PERSEGUIDA TADJIQUISTÃO
O Tadjiquistão é um país da Ásia
Central, limitado a norte pelo Quirguistão, a leste pela China, a sul pelo
Afeganistão e a oeste e norte pelo Uzbequistão. Além do território principal,
inclui ainda o enclave de Voruh, no Quirguistão. É uma ex-república soviética.
Sua capital é Duchambe. Dos pouco mais de sete milhões de
habitantes, 35% possuem idade inferior a 15 anos. Os muitos grupos étnicos
presentes no país incluem iranianos, russos, uzbeques e quirguizes. A língua
oficial do país é o tadjique, mas o russo também é amplamente utilizado nos
negócios e na administração pública. O estudo é obrigatório e o analfabetismo
praticamente não existe no Tadjiquistão. A maioria dos tadjiques é muçulmana,
mas há minorias que seguem o cristianismo ou outras religiões. O Tadjiquistão é
um dos 20 países mais pobres no mundo. Mais de 60% de seus habitantes vivem
abaixo da linha de pobreza. A pobreza generalizada continua a alimentar o
tráfico de drogas e a militância islâmica. Estima-se que o desemprego atinja
mais de 30% da população. Cerca de um milhão de tadjiques emigrou à Rússia para
trabalhar, deixando desequilibrada a proporção entre homens e mulheres na
nação. Armas e drogas estão amplamente disponíveis no país. O Tadjiquistão é o
principal mediador e estocador das drogas produzidas no Afeganistão e
direcionadas à Rússia e países ocidentais. A falta de infra-estrutura e lei
abriu espaço para atividades ilegais em partes do Tadjiquistão (80% das drogas
produzidas da Ásia Central se encontram no país). Muitos dos viciados acabam
presos, pois quase não há centros de reabilitação disponíveis. O cristianismo
chegou ao Tadjiquistão nos primeiros séculos da era cristã, trazido por
missionários da Igreja Apostólica do Oriente. No entanto, sua presença na
região foi dizimada pelos exércitos de Tamerlão (o último grande conquistador
da Ásia Central), gerando um vazio espiritual que veio a ser preenchido pelo
islamismo. Antes da década de 1990, o Tadjiquistão fazia parte da União
Soviética, e as igrejas dos russos funcionavam sob diversas restrições. A
maioria de seus membros não tinha a visão de alcançar os tadjiques com o
evangelho. Com a guerra civil, muitos russos emigraram e a Igreja encolheu. No
entanto, a nova liberdade religiosa deu a muitos a oportunidade de pregar aos
tadjiques, que, aos poucos, se convertiam. A Igreja formada por tadjiques é bem
jovem e está à procura de sua própria identidade; separada da Igreja russa, mas
trabalhando em cooperação com ela. Por meio do ministério em prisões, a Igreja
tem crescido consideravelmente com a conversão de ex-viciados que conhecem
Jesus enquanto estão presos. A mudança em suas vidas acaba por atrair seus
familiares a Cristo também. Apesar da crescente construção de igrejas e dos
bons resultados da evangelização no país, ainda resta muita coisa para ser
feita. O maior grupo de cristãos atualmente ainda pertence à Igreja Ortodoxa
Russa. Apesar da liberdade religiosa existente no país, o cristianismo enfrenta
oposição por ser profundamente associado aos russos. O islamismo, por sua vez,
é tido como integrante da identidade tadjique. A difusão do islamismo tem o
apoio da propaganda iraniana e, ocasionalmente, dos soldados afegãos. Há
inúmeros casos de tadjiques que abraçaram o cristianismo e enfrentaram forte
oposição de suas próprias famílias. O Comitê de Assuntos Religiosos monitora
todas as atividades das igrejas, em especial das congregações tadjiques. As
comunidades religiosas precisam se registrar para atuar. Quando os cristãos
evangelizam ativamente, correm o risco de serem levados em julgamento e
multados. Também podem ser oprimidos e agredidos. A importação e
disponibilização de livros cristãos são restritas. A única livraria cristã que
existia em todo o país foi fechada – um retrocesso para a Igreja. Deixe o seu
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