CRISTÃS PAQUISTANESAS SÃO AGREDIDAS POR DEFENDEREM GAROTA EM TENTATIVA DE ABUSO FAMILIARES DAS IRMÃS E OS ATIVISTAS DOS DIREITOS DOS CRISTÃOS PEDIRAM UMA AÇÃO POR PARTE DO GOVERNO
Mulheres cristãs no Paquistão são
alvos comuns de estupros, casamentos e conversões forçadas, além das falsas
acusações de blasfêmia, principal problema enfrentado pelos seguidores de
Jesus. Segundo o jornal cristão Pakistan Post, Nusrat Bibi e a irmã, Rani Bibi,
estavam com suas duas filhas a caminho do trabalho, em um início de noite em
dezembro, quando um muçulmano aproximou-se e começou a molestar a filha de
Nusrat. Segundo os relatos, a moça, cuja idade não foi revelada, conseguiu se
defender dos ataques, mas o agressor, identificado como Khawar Khokhar, ficou
furioso e começou a bater nela com seu bastão de críquete. Ele agarrou a jovem
e advertiu Nusrat e Rani para não se intrometerem, enquanto arrastava a jovem
para outro lugar, possivelmente para abusar sexualmente dela. Entretanto, a mãe
e a tia não hesitaram em ajudar a moça, conseguindo soltá-la das mãos do
agressor, que ficou ainda mais furioso e começou a bater nas duas. Conforme os
relatos, Nusrat foi a mais machucada, quebrando o braço esquerdo e dois dedos
da mão esquerda. As irmãs tiveram suas roupas rasgadas e manchas no corpo
revelavam sinais de violência. Khokhar fugiu. Nenhum vizinho apareceu para socorrer
as mulheres porque sabiam que o agressor tinha prestígio e influência política
e também um passado criminoso. Todos
fecharam as portas de suas casas. Familiares das irmãs e os ativistas dos
direitos dos cristãos pediram uma ação por parte do governo contra Khokhar,
apesar da afirmação da polícia de que foi um incidente. Oficiais afirmaram que
falharam na prisão do agressor. As irmãs Bibi também foram ameaçadas por
muçulmanos a “retirarem as acusações ou então sofrerem as consequências
diretas.” Autoridades policiais também as pressionaram para que façam um acordo
com Khokhar fora do tribunal. Os cristãos vítimas de crimes no Paquistão
raramente recebem suporte do sistema judiciário do país. Mais do que isso, as
vítimas de ataques e estupros são diretamente pressionadas a não prestarem
queixa e ainda a firmarem um acordo com os agressores.
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