O QUE É CALVINISMO? - 5 PECADOS QUE AMEAÇAM OS CALVINISTAS - SOLANO PORTELA
Quando
nós nos referimos a calvinismo, estamos falando daquela compreensão da mensagem
das Escrituras Sagradas que conclui que Deus é soberano sobre todas as coisas. A
Palavra de Deus foi habilmente estudada e assim exposta por João Calvino,
seguindo as pegadas de Agostinho e do apóstolo Paulo. Nos escritos de Calvino
temos não novas doutrinas, mas o ensino cristalino, procedente da Bíblia, de
várias doutrinas da fé cristã que refletem essa soberania de Deus em todos os
aspectos da nossa vida. Esta compreensão tem sido às vezes rotulada de As
Doutrinas da Graça e resumida nos conhecidos Cinco Pontos do Calvinismo. Ela
esteve presente nos escritos e ensinamentos dos grandes expoentes da Reforma do
Século XVI, e é encontrada nas históricas confissões do período, inclusive na
Confissão de Fé de Westminster, adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil.
Aqueles que aceitam que a Bíblia apresenta com essa perspectiva a pessoa de
Deus, e as limitações consequentes do homem, têm sido chamados de calvinistas,
entre os quais nos incluímos. Esclarecimentos Sobre o Tema Alguns podem pensar
que vamos lidar com “Os Cinco Pecados do Calvinismo”. Apesar dessa ideia
possivelmente trazer entusiástica reação de aprovação da parte de certos
setores da igreja, quero esclarecer que não estaremos tratando dos “Pecados do
Calvinismo” nem iremos escrever contra o calvinismo. Nossa preocupação é com os
pecados que ameaçam os calvinistas. Esses, vale esclarecer, não são pecados que
caracterizam os calvinistas. Eles podem ser encontrados em muitos campos de
persuasão cristã e, nesse sentido, o alerta é generalizado. Nossa preocupação
é, entretanto, a de que os calvinistas não se considerem imunes a esses perigos
pois os pecados que vamos mencionar também representam séria ameaça ao seu
testemunho como cristãos eficazes na Igreja de Deus. É importante ressaltar, em
adição, que o nosso tema não é “Os Cinco Pecados que Ameaçam os Calvinistas”.
Infelizmente existem mais de cinco pecados que nos ameaçam, mas, com a graça de
Deus, vamos abordar apenas cinco destes e não todos eles. As pessoas que
compartilham uma apreciação pelo calvinismo representam um solo fértil a esse
estudo, o qual procede de um intenso desejo de que, como calvinistas, sejamos
conhecidos tanto pelas nossas firmes convicções como pela ampla demonstração do
Fruto do Espírito em nossas vidas. Pecados que Não Abordaremos O
Intelectualismo Estéril A nossa tentativa é a de dar um passo além de alertar
aos perigos do intelectualismo estéril. Parece-nos que muitos avisos já foram
soados a este respeito. Registro, como exemplo, um artigo na revista Banner of
Truth no qual W. J. Seaton diz: Nosso sistema educacional está próximo de
educar pessoas acima de sua inteligência e nossa igrejas reformadas devem ter
cuidado para não produzir novas gerações educadas teologicamente acima do nível
de sua espiritualidade… Podemos ter uma geração que abraça o status da fé
reformada mas que nunca se acha confrontada com o estigma de ser merecedora das
chamas do inferno, salva apenas pelo exercício da livre graça de Deus, tão
claramente expostas pelo calvinismo. Esse é o alerta contra o intelectualismo
estéril que, em algumas ocasiões, encontramos em nosso meio. Devemos ter pleno
convencimento que não existe aquilo que é chamado de ortodoxia morta, pois ela
é nada mais, nada menos, do que heterodoxia viva. Que Deus nos preserve de
retirar a vida de sua mensagem e ensinamentos. Pecados relacionados com caráter
pessoal Não vamos, em adição, tratar de pecados ou atitudes pessoais, como:
avareza, egoísmo, maledicência e outras situações pecaminosas, das quais oramos
para que Deus nos livre sempre. Nossa proposição, portanto, é a de examinar
alguns pecados adicionais que, corporativamente, podem estar rondando os
calvinistas e que podem prejudicar tanto a nossa vida espiritual, quanto a de
outros. Geralmente estes pecados ocorrem a partir de distorções de nossas
próprias e corretas persuasões. É Satanás, utilizando a alavancagem dessas
convicções, procurando confundir os nossos corações, objetivando levar a ruína,
de uma forma toda especial, a fé reformada que tanto desejamos propagar e vê-la
aceita.
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