TENSÃO NO IÊMEN AFETA TODA A POPULAÇÃO O IÊMEN VIVE UMA CRISE POLÍTICA DESDE 22 DE JANEIRO, DOIS DIAS DEPOIS DE A MILÍCIA XIITA ASSUMIR O CONTROLE DO PALÁCIO PRESIDENCIAL E, NA SEQUÊNCIA, O PRESIDENTE ABD RABBO MANSOUR HADI RENUNCIAR AO SEU GOVERNO. OS DIVERSOS CONFLITOS SECTÁRIOS (RELIGIOSOS) QUE TÊM ACONTECIDO NO PAÍS CHAMAM A ATENÇÃO PARA O ESTADO DE INSEGURANÇA DA POPULAÇÃO
O
presidente do Iêmen, Abd-Rabu Mansur Hadi, chegou ontem (26) à capital da
Arábia Saudita, Riad. Os ataques recentes da Força Aérea saudita em território
iemenita, e que mataram pelo menos 18 civis em Sanaa, tornam o Iêmen a nova
frente de combate entre sauditas e iranianos – tradicionais adversários do
Oriente Médio. O reino sunita da Arábia Saudita acusa o grupo Houthi, que
pertence a uma minoria xiita no país, de ser financiado pelo Irã. Ambos negam a
acusação. Para o embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir,
os houthis "sempre escolheram o lado da violência". De acordo com a
agência de notícias oficial saudita SPA, Hadi foi recebido em Riad pelo
ministro saudita da Defesa, Mohamed bin Salman bin Abdel-Aziz. O paradeiro
exato do presidente iemenita era desconhecido desde quarta-feira (25), quando
as forças houthis se aproximaram da cidade de Áden, onde o líder tinha
estabelecido sua sede de governo há pouco mais de um mês – após fugir de Sanaa,
que foi tomada pelos rebeldes xiitas em setembro. Após conflitos e bombardeios
dos grupos opostos, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, anunciou
no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh que os países do bloco concordaram em
formar uma força militar unificada para defender o governo de Hadi, que é reconhecido
internacionalmente. O ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, que ficou 33
anos no cargo, apoia os houthis, supostamente como parte de um plano para
retomar o poder no Iêmen. A resolução da Liga Árabe pela coalizão militar para
combater os rebeldes do Iêmen deve ser aprovada oficialmente no fim de semana,
durante a cúpula da entidade no Egito, à qual Hadi deverá comparecer. Além de
Arábia Saudita e Egito, participarão da coalizão árabe Kuwait, Catar, Emirados
Árabes, Bahrein, Jordânia, Marrocos, Sudão e Paquistão. Em meio a todos esses
conflitos, os cristãos, que já enfrentam forte perseguição por sua fé, também
vivem as tensões diárias provocadas pela violência e insegurança. Na
Classificação da Perseguição Religiosa, lista atualizada todos os anos pela
Portas Abertas, que revela os 50 países mais hostis aos cristãos, o Iêmen ocupa
a 14ª posição. No país, há certa liberdade religiosa para os estrangeiros, mas
o evangelismo é proibido e os iemenitas que deixam o islã podem enfrentar a
pena de morte – isso faz o Iêmen um dos países menos evangelizados do mundo. Ore
por toda essa situação que tem assolado a nação e os desdobramentos futuros
desses conflitos.
Nenhum comentário
Postar um comentário