TRAFICANTES DE PESSOAS JOGAM 12 CRISTÃOS AO MAR NA COSTA DA ITÁLIA A EMBARCAÇÃO HAVIA SIDO TOMADA SEMANA PASSADA, E SEGUNDO O MINISTÉRIO DA DEFESA ITALIANO, NÃO SE SABE SE HOUVE COMBATE COM OS AGRESSORES
Uma embarcação italiana recolheu e encaminhou entre 60 e 70 migrantes à
pequena ilha de Lampedusa, no sul da Sicília, segundo o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). A polícia de Ragusa, na Sicília,
declarou ter prendido um traficante de pessoas tunisiano enquanto ele chegava
com um barco cheio de migrantes. Na quinta-feira (15) muçulmanos africanos
foram presos por suspeita de assassinato depois que sobreviventes de um barco
lotado os acusaram de terem atirado doze cristãos no mar durante uma briga que
irrompeu quando pessoas a bordo começaram a orar por suas vidas. Em tempo, a
Marinha da Itália reassumiu o controle de um barco de pesca siciliano que havia
sido tomado de quinta para sexta-feira por agressores desconhecidos perto da
costa da Líbia, informou o Ministério da Defesa italiano. O trecho do Mar
Mediterrâneo onde o fato ocorreu vem se tornando cada vez mais caótico nos
últimos anos, já que milhares de pessoas têm se arriscado na perigosa travessia
para a Europa para fugir dos conflitos na Líbia, em outras partes do norte da
África e no Oriente Médio. Segundo um
comunicado do Ministério da Defesa, efetivos da Marinha abordaram a traineira,
que havia sido parada por um rebocador a cerca de 90 quilômetros do porto líbio
de Misrata. O Ministério não informou se houve algum combate com os
sequestradores do barco italiano, nem o que aconteceu com eles ou com os sete
tripulantes da embarcação depois que a Marinha recuperou o controle. O
comunicado afirmou que o rebocador provavelmente é de propriedade de forças de
segurança líbias, que já detiveram esse tipo de barco em outras ocasiões em
função de desavenças sobre áreas de pesca. O porta-voz de uma associação
siciliana de comércio de peixes havia dito anteriormente que o incidente
poderia ter sido causado por piratas. Nenhum ataque desse tipo foi relatado
antes. “Isto provavelmente foi um ato de pirataria, porque o rebocador que se
aproximou da traineira não tinha insígnias do governo da Líbia”, afirmou o
porta-voz, Francesco Mezzapelle, acrescentando que a traineira era tripulada
por três italianos e três tunisianos. O caos instaurado pelas facções armadas
no território líbio vem sendo explorado por traficantes de pessoas, que cobram
milhares de dólares de migrantes, a maioria da África subsaariana, por uma
passagem pelo Mediterrâneo em busca de uma vida melhor em terras europeias.
Cerca de 13.000 pessoas foram resgatadas no mar ao longo da última semana,
quando o tempo bom melhorou a situação para a navegação. Aproximadamente mil
pessoas teriam se afogado este ano, e os sobreviventes relataram condições
assustadoras.
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