DIA MUNDIAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL A PRÁTICA AINDA ATINGE 168 MILHÕES DE CRIANÇAS NO MUNDO
Você certamente presencia em seu cotidiano
crianças e adolescentes envolvidos com algum tipo de trabalho. Em ambientes
urbanos, é possível encontrar os pequenos em faróis, balcões de atendimento,
fábricas ou depósitos, misturados aos cenários que compõem a cidade.
Entretanto, outra prática infelizmente muito comum é o trabalho infantil
doméstico. Grande parte dos países possui leis trabalhistas que condenam o
trabalho infantil. Essa prática é ilegal e reconhecida como crime. Mas, segundo
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2013, 168
milhões de crianças e adolescentes trabalham no mundo, sendo que cinco milhões
estão presas a trabalhos forçados, inclusive em condições de exploração sexual
e de servidão por dívidas. No Brasil, conforme pesquisa do IBGE em 2012, cerca
de 554 mil crianças e adolescentes entre cinco e 13 anos trabalham de alguma
maneira. De acordo com uma análise abrangente dos direitos das crianças em 190
países ao redor do mundo, publicada pelo Centro de Análise de Política Mundial
da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, das 168 milhões de
crianças que trabalham mundo afora, pelo menos 85 milhões estão engajadas em
trabalhos perigosos que colocam em risco sua saúde e segurança. Na Colômbia, o
crescimento da igreja é significativo. As guerrilhas, os cartéis do
narcotráfico, o corporativismo corrupto do governo e as religiões tradicionais continuam
a testar a fé dos novos convertidos. Aqueles que se convertem são considerados
traidores e alguns são assassinados. Missionários são ameaçados, sequestrados
e, às vezes, mortos. Muitos cristãos são martirizados por assumir posições
contrárias ao crime. Após o fracasso dos acordos de paz entre governo e
guerrilhas, os rebeldes se recusaram a sair da região. As igrejas continuaram
fechadas e a pregação do evangelho, restrita. Os cristãos são um grupo
vulnerável que, por causa de sua simples presença, constitui uma ameaça à
hegemonia das organizações criminosas. Tais grupos preferem recrutar crianças
cristãs porque, além de serem filhas de pastores e líderes, elas tendem a ser
mais obedientes. "Meu pai fundou várias igrejas e no início poucos iam,
mas, com o passar do tempo, muitos foram se juntando. Quando isso acontecia,
chegava o tempo de irmos para outro lugar ‘plantar’ outra igreja. Também quero
ser uma missionária", finaliza Andrea*, filha de um pastor. Em função de
todo contexto religioso que o país vive e da necessidade de proteger os filhos
dos cristãos, em uma pequena cidade bem no meio da Colômbia foi criado um
centro educacional bastante diferente com aula de música e estudo bíblico, além
das classes de história e matemática. Todos os alunos já experimentaram, de uma
forma ou outra, a perseguição religiosa. Trata-se da Casa Abrigo Visão Ágape,
um projeto da Portas Abertas inaugurado em janeiro de 2000. Seu objetivo é
fornecer educação e proteção aos filhos de pastores e líderes de igrejas ameaçadas
pela guerra civil no país. Alguns dos alunos chegaram a perder seus pais por
causa da hostilidade de grupos rebeldes contra a igreja. Cinquenta e seis
alunos matriculados moram e estudam no local e, apesar de estarem em um
ambiente cercado de cuidado e proteção, os alunos da Casa estão distantes de
seus familiares, amigos, escolas, cidades. Por isso, a Portas Abertas criou uma
campanha que consiste em escrever para essas crianças. Qualquer pessoa pode
mandar uma carta. Saiba mais sobre o projeto e envolva-se. Ore por esses
pequenos, para que o amor do Senhor os alcance. Que eles tenham a oportunidade
de conhecer verdadeiramente a Cristo e consigam resgatar suas infâncias e
adolescências. *Nome alterado por motivos de segurança.
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