EM AUDIÊNCIA COM EX-GAYS, PASTOR E DEPUTADO FEDERAL MARCO FELICIANO DENUNCIA QUE HOMOSSEXUALIDADE SE TORNOU “MODISMO”
A audiência pública na Câmara dos Deputados
que ouviu o depoimento dos ex-gays foi marcada pelo relato de histórias de
mudança de vida e de perseguição e preconceito. O pastor e deputado federal
Marco Feliciano (PSC-SP), autor do requerimento que possibilitou a audiência,
comentou o tema da homossexualidade e reafirmou sua postura sobre o assunto,
classificando a prática como um “modismo”. “Essa audiência traz fôlego aos pais
que não sabem mais o que fazer, quando a homossexualidade se tornou um
modismo”, frisou Feliciano, afirmando que se uma pessoa pode ser gay, também
“existe o caminho inverso”. Reiterando a visão de que a homossexualidade é um
comportamento, cinco convidados relataram suas experiências com pessoas do
mesmo sexo, se disseram vítimas de abusos na infância ou de relacionamentos
problemáticos com os pais durante a adolescência. Em diversos momentos,
frisaram que ninguém “nasce gay”, mas que o comportamento é estimulado e
sugerido pelo meio em que vivem, de acordo com informações do G1. Questionado
pelos jornalistas, Marco Feliciano negou que a audiência para ouvir os ex-gays fosse
uma tentativa de trazer de volta o debate sobre o projeto apelidado de “cura
gay”, e enfatizou que não há ninguém que proponha nenhum tratamento para
homossexuais: “Não existe cura, porque não é doença”, enfatizou. Um dos ouvidos
foi o pastor Joide Pinto Miranda, que relatou seu testemunho de vida aos
parlamentares, e revelou que viveu como travesti por muitos anos, mas sempre
esteve em conflito consigo mesmo: “Coloquei quatro litros e meio de silicone
nos glúteos e cheguei a ser o terceiro travesti mais belo na minha cidade”,
contou, mostrando uma foto da época em que era travesti. “Decidi mudar e fui
ajudado por uma psicóloga, sim. Na verdade, eu nunca fui gay, eu nasci hetero,
mas a vida me levou a ser gay. Hoje, sou casado há 17 anos e tenho um filho de
5 anos”, acrescentou. Raquel Beraldo, estudante de psicologia, também falou
sobre sua experiência, e contou que o período em que praticou a
homossexualidade decorreu de abusos na infância e adolescência: “Fui abusada
dos 8 aos 15 anos por um homem […] Hoje, eu vejo que comecei a tomar uma
repulsa do sexo masculino […] Deixei essa opção sexual e entendo que eu nunca
fui homossexual. Isso foi algo devido a situações que me levaram a isso”,
afirmou. Por fim, o pastor Robson dos Santos Alves
disse que foi abusado sexualmente por um homem, e isso o levou a ser “viciado
na prática homossexual”, mas que antes do episódio que desencadeou seu
comportamento, não era assim: “Eu não nasci homossexual”, afirmou, contando que
procurou ajuda psicológica e o que encontrou foi um obstáculo em sua decisão de
deixar a homossexualidade: “É uma fábrica de homossexuais, você não tem apoio,
te incentivam a sair do armário”, disse, com a voz embargada. Ao lado da
esposa, missionária Ana Paula Alves, o pastor frisou que conseguiu “vencer tudo
isso e deixar a prática homossexual com a ajuda da ‘força de vontade’ e pela
fé”.
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