“INSULTO” AO BUDISMO É CONSIDERADO CRIME EM MIANMAR A LEI VAI TORNAR A VIDA AINDA MAIS DIFÍCIL PARA A MINORIA CRISTÃ NO PAÍS
O governo de Mianmar está pedindo um retorno
da população a respeito de um projeto de lei controverso, o qual muitos
ativistas condenaram como restritivo e antidemocrático. Quase 1,3 milhão de
cidadãos já assinou uma petição em favor da lei sobre proteção da raça e da
religião. A lei é patrocinada por grupos extremistas budistas. Este é um
exemplo da principal fonte de perseguição em Mianmar: a militância religiosa,
tendo como um de seus agentes monges budistas extremistas. A lei se destina a
proteger o budismo, apesar de que, em teoria, todas as religiões poderiam
usufruir da mesma. Em primeiro lugar, a lei irá restringir ou mesmo proibir as
conversões, já que isso requer permissão das autoridades. O mesmo pode
acontecer em relação ao casamento livre entre pessoas de diferentes religiões.
Um dos aspectos mais preocupantes da lei é o fato de que "um insulto"
a religião de outra pessoa pode ter como punição até dois anos de prisão. A lei
não é clara quanto ao que "insulto" realmente significa. Outros
países asiáticos e do Oriente Médio já vivem com essas regulamentações e, na
prática, elas representam uma maneira fácil de perseguir e punir minorias
religiosas. Muitas ONGs e líderes cristãos se manifestaram contra esta lei.
Entretanto, foram severamente repreendidos por monges budistas extremistas, que
os acusaram de dividir a nação e de não ser cidadãos do país. Mianmar ocupa a
25ª colocação na Classificação da Perseguição Religiosa 2015 e é um dos países
mais violentos do mundo para os cristãos.
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