MINORIAS TÊM ACESSO RESTRITO À MÍDIA NO EGITO A MAIORIA DA POPULAÇÃO DO EGITO É MUÇULMANA. NOS ÚLTIMOS ANOS, A POLÍTICA DO ISLÃ RADICAL TORNOU-SE MAIS VISÍVEL E A SOCIEDADE TEM SOFRIDO AS CONSEQUÊNCIAS DA PRESENÇA DE GRUPOS RADICAIS ISLÂMICOS
No último mês, o clérigo egípcio Khaled
Al-Gindi afirmou que aos apóstatas não deve ser permitido o acesso aos meios de
comunicação egípcios e que eles devem "encontrar (por eles mesmos) outra
nação". Foi um ataque violento contra os ateus, em uma entrevista
veiculada pelo canal de televisão Al-Hayat TV, em que o clérigo também disse
que "o Egito é um país de pessoas de fé, sejam elas cristãs ou
muçulmanas", e chamou as declarações públicas de descrença em Deus de
"provocação". Dennis, analista de perseguição da Portas Abertas,
mostra preocupações com a entrevista. Segundo ele, "duas coisas podem ser
ditas sobre este ataque público contra os ateus. Primeiro, revela que a
sentença de morte do ex-presidente egípcio Morsi, a expulsão da Irmandade
Muçulmana do poder e outras medidas que foram tomadas para afastar os
muçulmanos da esfera pública não significam necessariamente que o islamismo é
menos influente dentro da sociedade egípcia. Em segundo lugar, apesar das
declarações do clérigo, cristãos egípcios são em grande parte excluídos do acesso
aos meios de comunicação. A presença do cristianismo na televisão nacional é
restrita a duas vezes por ano e, nas rádios, a um programa semanal em uma
estação de rádio para os refugiados palestinos. Mas, para os cristãos, não há
acesso a programas religiosos diários".
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