BRASIL E ISRAEL, A UM PASSO DE UM PROBLEMA DIPLOMÁTICO
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, enviou mensagens a Israel, para demonstrar seu desconforto com um novo candidato a embaixador israelense no Brasil. O embaixador nomeado, Dani Dayan, teria sido “barrado” pelo Governo por morar em terras controladas por Israel, e que anteriormente pertenceram à Palestina.
De acordo com o portal ynews.com, Dayan mora em Ma’ale Shomron, que fica na Cisjordânia. O local foi ocupado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, juntamente com outros territórios, como as Colinas de Golã. O território da Cisjordânia faz parte da chamada “Palestina histórica”. Grupos como o Hamas, através do terrorismo, tentam transformar a Palestina histórica em um estado constituído, o que resultaria no fim do Estado de Israel.
O desconforto de Dilma representa um grande problema para o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. já que a escolha de Dayan já foi aprovada pelo Governo israelense há duas semanas.
Dentro dos trâmites diplomáticos, um embaixador é escolhido pelo país que representa para atuar em outra nação. Depois de escolhido, o nome do diplomata é enviado para o país que receberá o embaixador, para que o Governo local aprove (ou não) o escolhido.
A recusa de um candidato a embaixador por outro país é um evento muito raro, e geralmente ocorre quando se quer evitar um desconforto diplomático. Caso Netanyahu mantenha a indicação e Dayan seja oficialmente rejeitado pelo Governo brasileiro, isso seria um grande abalo para as relações diplomáticas entre o Brasil e Israel.
A postura do Governo brasileiro em relação a Israel não é das melhores. Um dos maiores inimigos israelenses, o Hamas, não é considerado pelo Brasil como sendo um grupo terrorista (posição adotada por países como os Estados Unidos, Japão, Canadá e o próprio Israel). Outro exemplo da postura controversa do Brasil se deu em 2014, quando o Hamas atacou cidades israelenses e utilizou escudos civis para se defender da retaliação de Israel. Na época, o Itamaraty classificou a legítima defesa israelense como sendo um “uso desproporcional da força”, mas não disse nada a respeito das atitudes cruéis do Hamas, que não pensou duas vezes em sacrificar a vida de inocentes.
Nenhum comentário
Postar um comentário