BRASIL: PAÍS ABERTO AOS TERRORISTAS
O avanço do islamismo no mundo é notável, com mais e mais países registrando aumento no número de adeptos dessa religião. Juntamente com isso, também se espalham os terroristas muçulmanos, que têm agido não apenas no Oriente Médio, mas em várias partes do Ocidente. Para tanto, os grupos terroristas percorrem o mundo, pregando a sua mensagem de ódio e recrutando novos membros. Diante desse cenário, muitos países estão fechando as portas a esses “pregadores do terror”. Não é esse o caso do Brasil: este ano, o país recebeu Muhammad al-Arifi, um dos maiores promotores do discurso extremista islâmico ao redor do mundo.
Al-Arifi, de 45 anos, é investigado por serviços de inteligência europeus desde 2011, quando do começo da guerra civil na Síria. Na época, ele começou a defender a revolta armada e violenta contra o regime de Bashar Assad. Depois de passar por vários países e de usar as redes sociais para promover o terrorismo, o extremista foi proibido de entrar em alguns países – a exemplo do Reino Unido, que afirmou que al-Arifi “representava uma ameaça à segurança”.
Mas o Brasil agiu diferente. Ao invés de impedir a entrada de um promotor aberto do terrorismo, o país concedeu a permissão de entrada a Muhammad al-Arifi em janeiro deste ano. Entre os dias 18 e 28 daquele mês, o xeique pregou para jovens muçulmanos em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Nesses locais, ele encontrou-se com jovens convertidos ao islamismo, em conversas que promoviam o apoio a práticas terroristas: “Nunca se esqueça daqueles irmãos que literalmente dão a vida pela religião”, disse ele nos encontros.
Discursos como os de Muhammad al-Arifi têm atraído milhares de jovens para grupos terroristas ao redor do mundo, como é o caso do Estado Islâmico. A atuação desses “ativistas do terror” tem gerado preocupação em muitos países, e deve ser motivo de alerta para o Brasil. Os recrutadores de grupos terroristas escolhem especialmente jovens em situação social vulnerável, de comunidades pobres, e expostos a problemas como drogas e criminalidade. “Como a versão do Islã almejada por Al-Arifi é de uma religião de intolerância e violência, o interesse dele pelo Brasil não deve ser ignorado pelas autoridades”, afirmam Fernanda Allegretti e Leonardo Coutinho, em reportagem da Veja. “Os estudos mais recentes com convertidos no Ocidente mostram que a combinação de fatores como a busca por reconhecimento social e a revolta natural da juventude está na origem do processo de radicalização islâmica. Na Europa, muitos dos que acabaram se juntando ao Estado Islâmico tinham problemas com drogas ou participavam de pequenos delitos antes de canalizar suas frustrações pessoais para a violência religiosa”, concluem.
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