EMPRESA BRASILEIRA É ACUSADA DE ABASTECER ESTADO ISLÂMICO
As atrocidades do grupo terrorista Estado Islâmico não são surpresa na sociedade atual, mas a recente descoberta sobre o envolvimento de empresas de pelo menos 20 países, inclusive o Brasil, que contribuíram com materiais químicos e aparelhos celulares usados na produção de equipamento bélico, assustou muita gente.
Dados solicitados pela União Européia foram divulgados na última quinta feira, (25), através de relatório da Conflict Armament Research (Pesquisa de Conflitos Armados – tradução livre) afirmando que pelo menos 20 nações, como Estados Unidos, Turquia e o próprio Brasil, venderam ou receberam mais de 700 produtos utilizados pelo grupo terrorista na produção de explosivos “caseiros”, (IEDs – sigla em inglês), fato que permitiu a produção de bombas em escala industrial.
A empresa brasileira Aldoro, de Rio Claro (SP), foi citada no relatório. A pesquisa apontou que 51 empresas de 20 países diferentes estão envolvidas no fornecimento de substâncias para explosivos, que não podem ser rastreados quando chegam nas áreas de conflitos.
“Brasília nos ligou para dizer que um balde de nosso produto, que pode ser usado em explosivos, havia sido encontrado na Síria”, explicou o diretor da Aldoro, Stassan Martendal. A empresa, que exportava as substâncias para a Turquia e a Jordânia, suspendeu as vendas há seis meses.
“É impossível rastrear o que acontece com o produto ao chegar nesses países que fazem fronteira com a Síria”, explica Martendal.
A Turquia aparece como o país com maior número de empresas envolvidas na cadeia de abastecimento do Estado Islâmico, 13 empresas. Logo depois vem a índia com 7.
“Estes resultados ratificam a crescente consciência internacional de que forças do Estado Islâmico no Iraque e na Síria são auto-sustentáveis -na aquisição de armas e bens estratégicos, como componentes de IEDs em nível local e com facilidade”, disse o diretor-executivo da CAR, James Bevan.
Enquanto toda essa rede de abastecimento é revelada o grupo terrorista avança em ondas de violência por todo mundo.
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