MALAFAIA CONCLAMA EVANGÉLICOS A NÃO SEREM “ALIENADOS SOCIAIS” PASTOR CRITICA “CATÁSTROFE ESCATOLÓGICA” E DIZ QUE DEUS TEM UM PLANO PARA O BRASIL
O pastor Silas Malafaia possui um histórico de polêmicas por conta de
seu posicionamento firme a respeito de várias questões. Mais recentemente,
chamou para si os holofotes da mídia ao se pronunciar constantemente sobre as
questões políticas do país, enquanto a maioria dos pastores preferiu o
silêncio. Através de seu programa de TV e da utilização constante das redes
sociais, ele vem cobrando a Igreja brasileira para um enfrentamento de ideias,
que contrabalancem a doutrinação ideológica que o Brasil vem testemunhado nos
últimos anos. Em entrevista ao portal Gospel Prime, analisou a situação em que
se encontra o país. Classificando-se como um “eterno otimista”, ele afirma não
se identificar com o que chama de “perspectiva da catástrofe escatológica”,
segundo a qual o mundo vai de mal a pior e a igreja nada pode fazer, pois isso
estaria determinado. “Quem controla a história é Deus, mas eu tenho de fazer
minha parte”, ensina. Para o líder do ministério Vitória em Cristo, a igreja
evangélica brasileira passa por um processo de amadurecimento. A crise política
da nação – que é sobretudo moral – de certa maneira forçou os crentes a tomar
um posicionamento que era inédito. Isso também ocorre na Frente Parlamentar
Evangélica que, reconhecidamente, precisou lidar com situações constrangedoras
envolvendo alguns de seus membros. Mesmo assim, isso não a impediu de ter um
papel decisivo na tomada de decisões que resultaram nas mudanças visíveis nos
rumos do país, passando necessariamente pelo processo de impeachment. Citando o
texto de Jeremias 29, Malafaia explica que não podemos mais ser “alienados
sociais” pois, a exemplo do que aconteceu com os judeus no exílio babilônico,
estamos inseridos num contexto desfavorável com o desafio de defender os nossos
princípios de fé. Sobre as críticas que recebeu por ter se colocado ao lado de
deputados que tiveram seus nomes envolvidos em escândalos, admite: “Eu apoiei gente errada”. A decisão tomada
por ele foi de simplesmente não oferecer mais seu apoio a estes. Isso não significa
que se afastará de todo o processo político. Esclarecendo que isso não o
impedirá de continuar se posicionando claramente. “A covardia é a pior das
coisas”, sentencia. Ele acredita que tudo faz parte de um processo. “Vai ter
deputado evangélico fazendo besteira, mas eles vão amadurecer”, assegura. Ao comentar o caso de Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), esclarece que as cobranças sobre ele são descabidas. “Não sou
responsável pelos atos de outros! Como vou controlar as pessoas?”, desabafa. Perspectiva
teológica: A leitura do pastor Silas sobre o quadro atual da Igreja no Brasil
passa por uma adequação em sua perspectiva teológica. “Falta em nós um
entendimento que o Reino de Deus vai ser implantado nessa terra”, sublinha.
Para ele, a postura equivocada dos pastores permitiu que em várias áreas houvesse
um avanço de outras agendas ideológicas. “Quem está dominando a cultura nesse
país? Um bando de homossexuais!”, assegura. Pedindo para que os evangélicos
sejam mais aguerridos na arena pública, ele faz um esclarecimento. “Eu não estou numa demanda que tenho de
ganhar. O que me alimenta é minha causa, minhas crenças e valores”, resume. Ciente
que parte da igreja não compactua com tudo o que ensina, ele frisa que
considera injustas muitas das acusações que recebe. Rebate a ideia de que
ensine a teologia da prosperidade. “Eu acredito na prosperidade da Bíblia. Deus
é o Deus da bênção. Quem quer miséria problema é seu!”, sintetiza. Reconhecendo
que não está isento de cometer erros, entende que muitos estão ultrapassando a
linha entre a crítica e os ataques gratuitos, que promovem simplesmente
“calúnia e difamação”. Apesar dos
percalços, ele continua levando adiante seu ministério com confiança e
otimismo. “Deus tem plano para nossa nação”, finaliza. Assista na íntegra:
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