75% DA POPULAÇÃO MUNDIAL SOFRE COM ALGUM TIPO DE PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA NO ANO PASSADO, OFICIALMENTE FORAM 7.000 CRISTÃOS MORTOS APENAS POR CAUSA DE SUA FÉ
Enquanto na Europa comemora hoje (27) o Dia Internacional da Liberdade
Religiosa, Jan Figel, responsável pele debate do assunto junto à União Europeia
faz um alerta preocupante. A perseguição religiosa “está ficando pior, porque
atinge potencialmente 75% da população mundial”. Em entrevista ao site da
revista Premier, do Reino Unido, ele explicou que a maioria da população do
mundo ainda sofre para desfrutar de liberdade religiosa. Ele explica que as
novas leis – especialmente em países de governo muçulmano – e atentados
terroristas colaboram para um aumento nos índices. No ano passado, oficialmente
foram 7.000 cristãos mortos apenas por causa de sua fé e 2.400 igrejas foram
atacadas ou danificadas. Contudo, esses são apenas os casos documentados, o
número é muito maior por que muitos países se recusam a reconhecer as
verdadeiras motivações, preferindo classificar como mortes “políticas”. Este é
o caso, por exemplo, da situação no Paquistão e no Iraque. As mortes causadas
pelo Estado Islâmico são classificadas como “crimes de guerra”, ainda que
tenham motivação claramente religiosa. O aumento da repressão na China também é
uma preocupação para muitos especialistas no assunto. Segundo Figel, nossa
geração é “testemunha de assassinatos sistemáticos e em massa, martírios e
perseguição em vários territórios. Estes crimes exigem que todas as pessoas
sérias façam algo mais para que não continue.” Ele lembra que esse é um direito
humano básico, presente no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Para o Figel é assustador que essa limitação está chegando a lugares
onde não se testemunhava isso há décadas, como a Europa. “A tendência é
negativa, pois 75% da população mundial vive em países onde existe algum tipo
de cerceamento da liberdade religiosa… A comunidade internacional tem de estar
alerta para essa situação”, enfatiza. O pedido público que ele faz é que a
Organização das Nações Unidas seja mais rápida em responder às denúncias e aja
com mais severidade. Essa questão será discutida por políticos e especialistas
durante um evento especial no Parlamento
Europeu esta semana.
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