AS PALAVAS BANALIZAM O AMOR SIM, AS PALAVRAS BANALIZAM O QUE O AMOR É, POR MAIS QUE SE TENTE EXPLICA-LO, AO FAZER ISSO, SEMPRE SERÁ LIMITADO
Explicar o que é o Amor não é uma tarefa fácil, expressá-lo já é um
grande desafio, quanto mais evidenciá-lo em palavras, dura tarefa. De forma
sucinta, de acordo com os exemplos na história de quem talvez amou, diríamos
que o amor significa um estímulo de proteger, alimentar, abrigar; e também à
carícia, ao afago, ao mimo ou ciúmes; tem haver com guardar, expandir, doar-se.
O amor cristão, por exemplo, diz respeito a serviço, a colocar-se à disposição,
se for preciso aceitar o sofrimento para a alegria do amado ou até do inimigo. Impressionante!
O amor é um dom supremo, é grandioso, salvador, restaurador. Ainda sim, cada
palavra que tente explicar o amor é simplória e nem os poemas alcançam o seu
divino poder, por isso: as palavras banalizam o amor. Sim, as palavras
banalizam o que o amor é, por mais que se tente explica-lo, ao fazer isso,
sempre será limitado. Nossas palavras tentam tirar da realidade o que o amor é
de verdade. Duvidamos da existência do amor, mas não porque ele não exista, mas
porque o que chamamos de “amor” é falso. Nós denominamos noites avulsas de sexo
como “fazer amor”, dizemos aos colegas “eu te amo” simplesmente para que se
sintam bem, e falamos ao parceiro(a) “amor da minha vida” quando isso não
significa muita coisa. Temos coragem de falar sobre o amor, achamos bonito usar
a palavra amor como elogio, mas não temos coragem de amar. Ao invés de
buscarmos atingir o elevado padrão do amor, nós rebaixamos esse padrão, e ao
falar sobre o amor, nossas palavras mostram como banalizamos essa dádiva tão
grandiosa. É sensacional quando o texto bíblico diz: “Filhinhos, não amemos de
palavras nem de boca, mas sim de atitudes e verdade” (1Jo 3.18). Falar de amor
é lindo, mas quem sabe amar? Que possamos dizer “eu te amo” menos vezes, e
quando dizer e pra quem dizer que haja atitudes de entrega, proteção e
expansão, que realmente seja de verdade/atitude. Que as noites casuais e sem
compromissos não sejam “noites de amor”, a palavra Amor tem compromisso. Bom,
realmente para amar tem que ter humildade e coragem. Que o Amor não seja nossas
palavras banalizadas (de fato ele não é), mas que possamos ter coragem de
aprender a Amar com atitudes e verdade. Afinal, nas Escrituras não temos Jesus
Cristo dizendo “eu te amo”, mas gritando: “Está consumado!”. Consumado? Sim,
Jesus Cristo termina ali todas as atitudes de amor, até o fim em atitudes de
amor.
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