HISTÓRIA DO CRISTIANISMO NA PALESTINA
Na época de Jesus Cristo, quando a Palestina era dominada pelos
romanos, a religião oficial do povo judeu pautava-se pela parte da Bíblia
conhecida como Antigo Testamento. Embora não pretendendo romper com a tradição
religiosa judaica, a mensagem de Cristo dava realce principalmente aos
princípios éticos do amor e da fraternidade, contrapondo-se ao formalismo
religioso apregoado pelos fariseus e doutores da lei mosaica. Essa mensagem de
cunho mais espiritual e menos legalista passou a ser divulgada sobretudo entre
as camadas pobres da população, na língua popular, o aramaico, mediante
parábolas. Após a morte de Cristo,
seus discípulos passaram a ser chamados cristãos e, reunidos em pequenas
comunidades, procuraram manter viva a lembrança de seus ensinamentos, embora
participando ainda da tradição religiosa judaica. O evento mais importante
desse período foi a primeira assembléia cristã, conhecida como Concílio de
Jerusalém, da qual emergiram duas perspectivas pastorais bem definidas. De um
lado, sob a liderança do apóstolo Tiago, estavam os que pretendiam dar destaque
à raiz judaica da nova fé; do outro, os seguidores de Paulo, que desejavam uma
abertura imediata da mensagem cristã para o mundo cultural greco-romano. A
decisão conciliar optou por uma abertura prudente, proposta por Pedro, já
escolhido por Cristo como chefe de seu primeiro grupo de discípulos. Esse
cristianismo judaico teve, porém, vida relativamente breve, em vista da
destruição de Jerusalém, ordenada pelo imperador Tito no ano 70. A partir de
então, a fé cristã expandiu-se nas províncias da Anatólia e na própria capital
do Império Romano.
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