PRIMEIRO-MINISTRO DE ISRAEL DIZ QUE UNESCO “NÃO VAI APAGAR A HISTÓRIA” DO POVO JUDEU
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu voltou a comentar a
resolução da UNESCO que não reconhece a ligação entre o povo judeu e o Monte do
Templo, em Jerusalém, e ironizou a decisão da entidade ligada à Organização das
Nações Unidas (ONU). No dia que comemorou 67 anos de idade, Netanyahu visitou o
sítio arqueológico de Tel Gezer, acompanhado de sua esposa e os dois filhos, e
aproveitou para mandar um recado à entidade: “Atenção, UNESCO! Estamos em
frente ao Portão de Salomão, na cidade de Gezer, e está escrito na Bíblia, que
o rei Salomão construiu os muros de Jerusalém, Gezer e outras cidades em
Israel. Mas, certamente, isso deve ter sido mais uma propaganda sionista”,
ironizou. Em um tom mais sério, o primeiro-ministro israelense demonstrou que a
postura da entidade internacional pouco influenciará na prática: “Estamos aqui
hoje, milhares de anos depois e vamos ficar aqui. Eles não vão apagar a nossa
história. Nós estamos aqui, e permaneceremos aqui”, frisou, de acordo com
informações do Jerusalém Post. A
resolução insensata da UNESCO – com voto favorável do Brasil – vem atraindo
atenção das autoridades europeias. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi,
afirmou que “dizer que o povo judeu não tem nenhuma ligação com Jerusalém é
como dizer que o sol cria a escuridão”.Netanyahu conversou com Renzi,
agradecendo-o pela postura de se desculpar pela opção da Itália em abster-se na
votação da UNESCO sobre esse assunto. Na ocasião, o político italiano garantiu
que essa conduta havia sido errada e jamais se repetiria. O Gabinete do
Primeiro-Ministro publicou comunicado informando que a Itália vai tentar
influenciar outros países europeus a votarem contra resoluções anti-israelenses
como esta no futuro. Além da Itália, outros seis países da União Europeia se
abstiveram sobre a resolução, enquanto outros cinco – Grã-Bretanha, Alemanha,
Holanda, Estônia e Lituânia – votaram contra. O político israelense disse a
Renzi que “existem limites para o teatro do absurdo e que os países que se
respeitam e prezam pela verdade não devem apoiar medidas como esta”, e
acrescentou: “Esta não é uma questão de política, mas de fatos históricos”. Bíblia:
Logo após a divulgação da UNESCO sobre a resolução, Netanyahu reagiu com
firmeza, apesar do sarcasmo: “Obviamente, eles nunca leram a Bíblia. Mas
gostaria de aconselhar os membros da UNESCO a visitarem o Arco de Tito, em
Roma, onde eles podem ver o que os romanos levaram para lá, depois de terem
destruído e saqueado o Monte do Templo há dois mil anos. É possível ver gravado
no arco a menorah de sete braços, que é o símbolo do povo judeu, bem como o
símbolo do Estado judaico hoje”, afirmou, antes de ironizar: “Certamente a
UNESCO vai dizer que o imperador Tito era uma parte da propaganda sionista”. A
crítica à absurda decisão foi além: “Dizer que Israel não tem conexão com o
Monte do Templo e Muro das Lamentações é como dizer que a China não tem conexão
com a Grande Muralha da China ou que o Egito não tem conexão com as pirâmides.
Com esta decisão absurda, a UNESCO perdeu o pouco de legitimidade que alguma
vez já teve. No entanto, acredito que a verdade histórica vai prevalecer”.
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