SOCIEDADE IMPRIMIRÁ BÍBLIAS EM PAÍS QUE É PROIBIDO TER EXEMPLAR DEPOIS DE 20 ANOS, AZERBAIJÃO VOLTARÁ A IMPRIMIR CÓPIAS DAS ESCRITURAS
O Azerbaijão é um país pequeno com uma população de 9,5 milhões de
habitantes, que faz fronteira com o Irã e com a Rússia. Durante muitos anos fez
parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e depois da sua ruína,
passou a ser uma nação oficialmente muçulmana. Há 20 anos que a minoria cristã lutava pelo restabelecimento de uma
Sociedade Bíblica no país, pois a impressão de cópias das Escrituras infringe
as rígidas normas do país. Terje Hartberg, das Sociedades Bíblicas Unidas,
acredita que esse será “um grande desenvolvimento, que iniciará um novo
capítulo para todos os cristãos no Azerbaijão”. Mesmo assim, toda a literatura
impressa ou importada pela Sociedade Bíblica precisará da aprovação do governo.
Todas as publicações serão marcadas com um adesivo oficial e sua distribuição
será permitida apenas em locais determinados pelo Estado. A lei atual prevê que
a distribuição de qualquer literatura religiosa fora do controle do Estado fica
sujeita à punição administrativa ou criminal. Oficialmente, a Bíblia cristã e o
Antigo Testamento em hebraico continuam na lista de livros “proibidos”,
sujeitos a serem confiscados em batidas policiais. Por isso, para a pequena
comunidade cristã do país, a reabertura da Sociedade Bíblia é vista como um
verdadeiro milagre e que acendeu a esperança de novos tempos para os cerca de
150 mil cristãos conhecidos no país. Perseguição religiosa e política. O
presidente Ilham Aliyev, seguindo o exemplo de seus colegas no Turcomenistão e
Tajiquistão, está tentando mudar a Constituição para permitir que não haja
limites de idade para permanência no poder. Aos 54 anos, ocupa a presidência
desde 2003, quando sucedeu seu pai doente. A perseguição aos cristãos não é só
religiosa, mas também nacionalista e étnica. Os não muçulmanos são vistos como
traidores e o cristianismo é considerado um “arqui-inimigo” do país, a serviço
de governos estrangeiros. Rolf Zeegers, que trabalha com a missão Portas
Abertas na região, lamenta: “Democracia é algo que o Azerbaijão nunca conheceu.
O regime da capital Baku é apenas mais um bando de governantes autoritários
pós-comunistas que desejam apenas consolidar a sua posição”. Segundo a
Classificação de Perseguição Religiosa de Portas Abertas, o Azerbaijão pulou da
46ª posição no ano passado para a 34º. Esse aumento é devido, ao crescimento do
islã radical, que está ligado às questões políticas. Com informações de World
Watch Monitor
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