CALAMIDADE HUMANA (GÊNESIS 3:1-10;22-24) – ANDERSON VIEIRA PASTOR, ESCRITOR, CONFERENCISTA, BACHAREL EM TEOLOGIA, BACHAREL EM COMUNICAÇÃO SOCIAL, PROFESSOR DE SEMINÁRIO TEOLÓGICO E CAPELÃO INTERNACIONAL. CASADO E PAI DE TRÊS FILHOS
A paz de Cristo. Eu estava em casa por esses dias e passava na
televisão um filme sobre os atentados às torres gêmeas em 11 de setembro. Ao me
deparar com aquelas cenas do filme, pensei comigo mesmo, “que tragédia”, mas o
Espírito Santo me levou a refletir que havia uma tragédia, um desastre, um
infortúnio muito pior do que um ataque terrorista onde vidas inocentes eram
ceifadas. Eu quero levar você a meditar hoje sobre a maior “calamidade humana”,
e para explanar este assunto escolhi um personagem bíblico: “Adão”. Adão é a
primeiro homem criado por Deus. No sexto dia foi criado, segundo a imagem e
semelhança de Deus, recebeu domínio sobre toda a criatura terrena. O nome Adão,
além de ser um nome próprio, também tem o sentido de humanidade. Deus preparou
um jardim para Adão no Éden e ali pôs o homem para cultivá-lo e guardá-lo. Mas
então Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e assim foi feita da sua
costela a mulher, para lhe servir de ajuda, Eva. Mas a mulher, induzida pela
serpente persuadiu Adão a comer do fruto da árvore que havia sido ordenado não
tocar, a isso chamamos de “Queda” ou “Pecado Original”, e então, ele e a mulher
receberam uma sentença por sua desobediência e foram banidos do jardim. Eu
entendo que a maior catástrofe humana é viver uma vida longe de Deus e sem
alcançar a salvação. Deus andava no jardim e tinha comunhão plena com Adão. E
agora, expulso do paraíso, Adão perde o direito de estar na presença de
Deus. Isso na área do direito se chama
de Medida Protetiva, quando um familiar ou alguém é impedido por lei de chegar
a certa distância de uma pessoa. A
Bíblia diz em Gênesis 5.5, que os dias todos da vida de Adão foram 930 anos.
Com centro e trinta anos, Adão foi pai de Sete, e isso depois de ter sido
expulso do Éden. Podemos entender interpretando literalmente o texto que Adão
viveu no mínimo uns 800 anos longe da presença do seu Criador, daquele que te
formou e te deu fôlego de vida, tudo por causa da desobediência e do pecado. Após
a queda de Adão não há mais nenhum texto bíblico que relate um diálogo entre
Deus e Adão. Se formos teologizar o assunto em questão, levaremos muito tempo
explanando sobre o mesmo. Eu quero dar ênfase é na questão da calamidade humana
que é viver uma vida sem Deus, longe da sua presença ou de uma forma como se
Ele não existisse. O profeta Isaías deixa bem claro o que nos separa de Deus:
“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os
vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. (Isaías
59:2) O pecado criou um abismo entre a criatura e o Criador. Quando eu assistia
aqueles aviões sendo jogados naqueles prédios e as pessoas pulando das janelas
para tentarem em vão amenizar o seu sofrimento, eu refletia que a pior
calamidade para o ser humano é viver uma vida sem Deus e vir a óbito sem
conhecê-lo, recebendo o juízo da condenação eterna. As pessoas do mundo ignoram
a existência do inferno. Vou dar um exemplo simples. A morte de celebridades.
Me lembro que Michael Jackson veio a óbito e o mundo inteiro chorou, lamentou a
perda do chamado “Rei do Pop”. Agora não teriam mais o “moonwalker”, aquele
passinho para trás que era uma marca dele. Mas poucos refletem para onde foi a
sua alma. Salomão no livro de Eclesiastes diz que “Melhor é ir à casa onde há
luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela se vê o fim de todos os
homens, e os vivos que o tomem em consideração”. (Eclesiastes 7:2) Já com
relação aos que declaram ser “cristãos”, uma questão assombrosa e assustadora
que tenho enfatizado exaustivamente é que muitos estão vivendo de uma forma
como se Deus não existisse, com uma vida maculada, desregrada, envolta em
pecado e iniquidade. Se a calamidade humana é viver uma vida sem Deus, fadada
ao inferno; a calamidade cristã, por assim dizer, é um cristão perder o temor a
Deus; perder o desejo de ter uma vida de oração; perder o amor pela Palavra de
Deus; perder a essência da adoração; perder a sua santidade e jogar na lama as
suas vestes que deveriam ser alvas. Há crentes que por meio da sua falta de
temor a Deus, colocam-se numa posição pior que a de demônios, pois segundo
escreveu Tiago, capítulo 2, verso 19, os demônios creem e tremem que Deus é um
só, mas muitos estão na igreja vivendo uma vida como se Deus fosse um
personagem fruto da imaginação humana. Paulo diz: Portanto, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens por isso que todos pecaram. (Romanos 5:12) Tanto a calamidade
humana, quanto a calamidade cristã, só têm um antídoto, uma solução: Jesus
Cristo. Jesus Cristo é único caminho, a única ponte capaz de fazer com que o
homem volte a ter o direito de estar na presença de Deus. Onde o primeiro Adão
falhou, o segundo Adão que é Cristo, triunfou. O primeiro homem, Adão, foi
feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. (1 Coríntios
15) João declara que: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. (João 3.17) Porque
se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. (Romanos
5.10) Em Jesus Cristo somos reconciliados com Deus. A lacuna que foi aberta por
Adão é preenchida por Jesus Cristo. Não desperdice o que Jesus Cristo
conquistou na cruz por você. Ande na presença de Deus. O homem sem Deus, sem
fé, diz Charles Darwin, não é muito diferente de um animal. Abra o seu coração
para Deus. Pare de se esconder de Deus, antes, venha ao seu encontro,
arrependa-se dos seus pecados, e nasça de novo para a glória de Deus.
Calamidade humana não é simplesmente morrer. Calamidade humana é morrer sem
Deus e passar a eternidade no inferno. Seja um filho de Deus e viva a
eternidade com o Pai celestial. O que achou?, comente com sua opinião nos
comentários abaixo.
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