JOHN PIPER DIZ QUE NÃO HÁ SUPERIORIDADE ENTRE HOMENS E MULHERES: "CADA UM TEM SEU PAPEL" O PASTOR JOHN PIPER RESPONDEU UMA DÚVIDA QUE RONDA A MENTE DE MUITAS PESSOAS NA ATUALIDADE: DE ACORDO COM A BÍBLIA SAGRADA, OS HOMENS SÃO SUPERIORES ÀS MULHERES?

O pastor John Piper foi procurado por Jennifer, uma jovem que tem uma dúvida que ronda a mente de muitas mulheres na atualidade: de acordo com a Bíblia Sagrada, os homens são superiores às mulheres? Antes de observar a questão de igualdade de gênero, o pastor afirma que, muitas vezes, ignoramos as desigualdades óbvias que existem entre homens e mulheres. “Estou falando, por exemplo, do fato de homens serem fisicamente mais fortes que mulheres. Por isso, nos jogos esportivos, homens e mulheres não competem juntos. Ou sobre mulheres serem superiores em cantar soprano ou cuidar de crianças”, observa. “Se a objetividade fosse possível nessa comparação, haveria inúmeros estudos sobre nuances psicológicas, verbais, analíticas, sintéticas e diferenças emocionais entre homens e mulheres. Em geral, as mulheres teriam mais vantagens em algumas áreas e em outras áreas, os homens”, acrescenta Piper. O pastor afirma que as dúvidas que assolam Jennifer e outras pessoas não devem ser esclarecidas apenas no comparativo das diferenças entre homens e mulheres. “Não é algo simples como insistir que as mulheres são boas em tudo, da mesma forma que os homens são bons em tudo. Eles não são. Nem o homem, nem a mulher”, avalia. Piper lembra que existem dois textos bíblicos que geram desconforto em Jennifer e outras mulheres: a parte onde Jesus diz que o servo não é maior que seu mestre (João 13:16; 15:20), e o trecho que orienta as esposas a se submeterem a seus maridos, como a igreja se submete a Cristo (Efésios 5:22-23). Submissão: Diante dos versículos, ele observa duas coisas. “Primeiro: os servos podem ser, de fato, maiores que seus senhores de muitas maneiras. Eles podem ser mais fortes, mais inteligentes, mais sábios, mais gentis, mais diligentes. E Jesus sabia disso tão bem quanto nós. Segundo: o objetivo de Jesus nas duas passagens não é ressaltar a ausência da igualdade de um servo, mas a ausência da superioridade do servo. No primeiro caso, ele enfatiza isso para mostrar que o servo deve ‘lavar os pés’, como Jesus fez. E no segundo caso, para enfatizar que o servo deve esperar a mesma perseguição que Jesus teve”. Sobre o trecho da submissão ao marido, Piper faz uma nova linha de comparação, onde coloca de um lado Cristo e a igreja, e de outro, marido e mulher. “Claramente, Cristo não tem pecado e a igreja é pecadora. Então, esse é o ponto de comparação: maridos não tem pecado e as esposas são pecadoras? Claramente, Cristo é infinito e eterno; a igreja é finita e temporal. Então, esse é o ponto de comparação: maridos são infinitos e as esposas finitas? Temos que ser cuidadosos com analogias e comparações, para não assumirmos um ponto de comparação que não seja o que está sendo mostrado”, alerta. “Eu diria que o ponto de comparação entre ‘Cristo e igreja / marido e mulher’ descritos aqui é relacionado ao projeto de Deus na criação — aplicado em Gênesis 2:24 e citado em Efésios 5:31”, acrescenta. O ponto de comparação é que a masculinidade e feminilidade fazem parte de uma natureza que experimenta uma sensação de aptidão e adequação em seus papéis. Da masculinidade, sua humilde liderança, proteção e provisão. Da feminilidade, o uso de seus dons para estabelecer uma parceria na liderança com o homem”, explica Piper.