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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

LEITURA DO ALCORÃO NAS IGREJAS É UMA “TENDÊNCIA PREOCUPANTE” CATÓLICOS E PROTESTANTES PARECEM NÃO CONHECER TEOR DO LIVRO SAGRADO DO ISLÃ

Cerca de dois anos atrás, o papa Francisco recebeu no Vaticano o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O encontro, idealizado “para rezar pela paz no Oriente Médio” permitiu, pela primeira vez na história, que fosse feita a leitura das orações islâmicas e de trechos do Alcorão na sede do catolicismo mundial. Depois disso, Francisco também esteve em muitas mesquitas, algo inédito para um pontífice. Além de visitar vários lugares de culto islâmicos em suas viagens ao exterior, Francisco foi o primeiro Papa chamado para visitar a Grande Mesquita de Roma. O discurso de inclusão promovido pelo Vaticano abriu as portas para que muitas igrejas católicas em todo o mundo se abrissem para a “interação” com os islâmicos, que o papa chama de “irmãos”. Pela primeira vez em mais de 700 anos, canções islâmicas ressoam na catedral de Florença, Itália. Sob sua famosa cúpula, melodias islâmicas e cristãs foram ouvidas juntas. A “iniciativa inter-religiosa” foi promovida em 2015, uma semana depois do massacre de terroristas islâmicos em Paris, que invadiram a revista Charlie Hebdo. Uma das músicas chamava-se “O Alcorão é a Justiça”. Em julho do ano passado, pela primeira vez, durante uma missa na Itália, um verso do Alcorão foi recitado do altar. Aconteceu na Igreja de Santa Maria in Trastevere, em Roma, durante uma cerimônia em memória do padre Jacques Hamel, degolado por terroristas do Estado Islâmico na França. Enquanto os católicos recitaram o Credo, um representante da mesquita de al-Azhar, no Cairo, fazia em voz alta a “oração islâmica pela paz”. Mais recentemente, um padre no sul da Itália, enfureceu paroquianos ao vestir uma imagem da Virgem Maria com uma burca muçulmana e coloca-la no presépio de sua igreja. Outro padre italiano foi mais longe, cancelando o presépio tradicional na época do Natal porque “poderia ofender os muçulmanos.” Mas esse tipo de abertura de igrejas cristãs para manifestações islâmicas em nome do diálogo religioso pela paz não está restrito à Itália. No Reino Unido, o Bispo Harries, da Igreja Anglicana, pediu que o culto de coroação do príncipe Charles fosse aberto com uma leitura do Alcorão. O chefe da Igreja Protestante na Alemanha, bispo Heinrich Bedford-Strohm, faz campanha para que o Islã também seja ensinado nas escolas públicas. Já nos EUA, mais de 50 igrejas, incluindo a Catedral Nacional de Washington, realizaram leituras do Alcorão em diferentes momentos nos últimos anos. Estes são apenas alguns exemplos de como as demonstrações inter-religiosas de fé estão abrindo um espaço crescente na estrutura tradicional do culto cristão. Para muitos líderes, é preciso que as igrejas cristãs façam uma reflexão de como isso poderia ajudá-los em sua missão de evangelização. Ao tratar os muçulmanos como irmãos que seguem o mesmo Deus, como insiste o papa e alguns líderes protestantes, cai por terra a necessidade de pregar a eles que só há um caminho para Deus, conforma ensina a Bíblia. O Instituto Gatestone, que monitora a ação muçulmana em todo o mundo está defendendo que as igrejas não deveriam fazer mais isso. Segundo eles, o verdadeiro diálogo com as comunidades islâmicas só poderia existir no princípio da reciprocidade. Ou seja, se constroem mesquitas na Europa, deveria ser permitido a construção de igrejas em países islâmicos. Se o Alcorão pode ser lido no culto cristão, a Bíblia deveria ser lida nas mesquitas. Surge então o divisor de águas dessa situação, pois esse mesmo Alcorão ensina que isso seria uma blasfêmia, e que o tratamento dado aos os “infiéis não islâmicos” tem como base a jihad e a sharia – principais argumentos para os ataques terroristas. Portanto, fica patente que os cristãos deveriam, no mínimo, se informar melhor sobre o que o livro sagrado do Islã realmente ensina.

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