LEITURA DO ALCORÃO NAS IGREJAS É UMA “TENDÊNCIA PREOCUPANTE” CATÓLICOS E PROTESTANTES PARECEM NÃO CONHECER TEOR DO LIVRO SAGRADO DO ISLÃ
Cerca de dois anos atrás, o papa Francisco recebeu no Vaticano o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O encontro, idealizado “para
rezar pela paz no Oriente Médio” permitiu, pela primeira vez na história, que
fosse feita a leitura das orações islâmicas e de trechos do Alcorão na sede do
catolicismo mundial. Depois disso, Francisco também esteve em muitas mesquitas,
algo inédito para um pontífice. Além de visitar vários lugares de culto
islâmicos em suas viagens ao exterior, Francisco foi o primeiro Papa chamado
para visitar a Grande Mesquita de Roma. O discurso de inclusão promovido pelo
Vaticano abriu as portas para que muitas igrejas católicas em todo o mundo se
abrissem para a “interação” com os islâmicos, que o papa chama de “irmãos”. Pela
primeira vez em mais de 700 anos, canções islâmicas ressoam na catedral de
Florença, Itália. Sob sua famosa cúpula, melodias islâmicas e cristãs foram
ouvidas juntas. A “iniciativa inter-religiosa” foi promovida em 2015, uma
semana depois do massacre de terroristas islâmicos em Paris, que invadiram a
revista Charlie Hebdo. Uma das músicas chamava-se “O Alcorão é a Justiça”. Em
julho do ano passado, pela primeira vez, durante uma missa na Itália, um verso
do Alcorão foi recitado do altar. Aconteceu na Igreja de Santa Maria in
Trastevere, em Roma, durante uma cerimônia em memória do padre Jacques Hamel,
degolado por terroristas do Estado Islâmico na França. Enquanto os católicos
recitaram o Credo, um representante da mesquita de al-Azhar, no Cairo, fazia em
voz alta a “oração islâmica pela paz”. Mais recentemente, um padre no sul da
Itália, enfureceu paroquianos ao vestir uma imagem da Virgem Maria com uma
burca muçulmana e coloca-la no presépio de sua igreja. Outro padre italiano foi
mais longe, cancelando o presépio tradicional na época do Natal porque “poderia
ofender os muçulmanos.” Mas esse tipo de abertura de igrejas cristãs para
manifestações islâmicas em nome do diálogo religioso pela paz não está restrito
à Itália. No Reino Unido, o Bispo Harries, da Igreja Anglicana, pediu que o
culto de coroação do príncipe Charles fosse aberto com uma leitura do Alcorão. O
chefe da Igreja Protestante na Alemanha, bispo Heinrich Bedford-Strohm, faz
campanha para que o Islã também seja ensinado nas escolas públicas. Já nos EUA,
mais de 50 igrejas, incluindo a Catedral Nacional de Washington, realizaram
leituras do Alcorão em diferentes momentos nos últimos anos. Estes são apenas
alguns exemplos de como as demonstrações inter-religiosas de fé estão abrindo
um espaço crescente na estrutura tradicional do culto cristão. Para muitos
líderes, é preciso que as igrejas cristãs façam uma reflexão de como isso
poderia ajudá-los em sua missão de evangelização. Ao tratar os muçulmanos como
irmãos que seguem o mesmo Deus, como insiste o papa e alguns líderes
protestantes, cai por terra a necessidade de pregar a eles que só há um caminho
para Deus, conforma ensina a Bíblia. O Instituto Gatestone, que monitora a ação
muçulmana em todo o mundo está defendendo que as igrejas não deveriam fazer
mais isso. Segundo eles, o verdadeiro diálogo com as comunidades islâmicas só
poderia existir no princípio da reciprocidade. Ou seja, se constroem mesquitas
na Europa, deveria ser permitido a construção de igrejas em países islâmicos.
Se o Alcorão pode ser lido no culto cristão, a Bíblia deveria ser lida nas
mesquitas. Surge então o divisor de águas dessa situação, pois esse mesmo
Alcorão ensina que isso seria uma blasfêmia, e que o tratamento dado aos os
“infiéis não islâmicos” tem como base a jihad e a sharia – principais
argumentos para os ataques terroristas. Portanto, fica patente que os cristãos
deveriam, no mínimo, se informar melhor sobre o que o livro sagrado do Islã
realmente ensina.
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