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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

"MUITAS IGREJAS AINDA PERMANECEM EM SUA BOLHA RACIAL", DIZ ATIVISTA CRISTÃ DESAPONTADA COM A SEGREGAÇÃO RACIAL NAS IGREJAS DOS EUA, LATASHA MORRISON DECIDIU FAZER ALGO PARA PROMOVER A RECONCILIAÇÃO RACIAL

Durante anos, Latasha Morrison participou de uma igreja predominantemente afro-americana em Atlanta (EUA), que buscou mesclar as comunidades de negros e brancos, incluindo aqueles afiliados ao Ministério de Rick Warren e John Maxwell. "Percebi que isso não era uma realidade para todas as igrejas", disse Morrison. "Muitas igrejas ainda permanecem em sua bolha racial". Quando Morrison deixou sua igreja, ela partiu com um plano. "Minha estratégia era ser pioneira na reconciliação dentro da igreja branca", disse ela. "Então, eu me inscrevi estrategicamente para começar a trabalhar em igrejas de brancos". A transição de Atlanta para a igreja 'Gateway', em Austin (Texas, EUA) foi difícil para Morrison, mas ela viu seus projetos fluírem depois que encontrou a fundadora do 'Encontro IF', Jennie Allen, que a convidou para compartilhar sua visão na sua conferência de 2014. A missão de Morrison era promover a reconciliação racial dentro das igrejas locais e desenvolver recursos para os cristãos que querem construir relações inter-raciais. Desde então, o projeto da Latasha, chamado "Be the Bridge" ("Seja a Ponte"), cresceu significativamente e agora serve a igreja local, fornecendo currículos e outras ferramentas que incentivam os "construtores de pontes" a "[promover e desenvolver] a visão, habilidades e coração em prol da unidade racial".  "Vejo vislumbres de esperança", disse Morrison diz sobre o clima entre evangélicos negros e brancos atualmente. "Mesmo se as pessoas não cumprirem a proposta completamente. Elas estão tentando pelo menos se inclinar ao diálogo e reconhecer que há um problema ali". Morrison falou recentemente sobre o assunto em uma entrevista ao site Christianity Today sobre por que os cristãos brancos e e negros ainda lutam contra o racismo e como a visão do "Be the Bridge" tem ressoado com tantas pessoas. A idealizadora do projeto apontou que Igreja é o melhor lugar para a reconciliação racial florescer. Quando questionada sobre o que a inspirou a começar um projeto de reonciliação racial nas igrejas, como o "Be The Bridge", Latasha confessou que foi justamente uma decepção com sua antiga igreja local que a moveu a começar tudo. "Ele [projeto] nasceu do meu desapontamento com a igreja local, que eu senti que sempre estava na retaguarda. Nós éramos sempre as lanternas traseiras em vez dos faróis. Quando percebi a divisão racial que há em conferências e igrejas, aquilo realmente quebrou meu coração e me gerou um 'santo descontentamento'. Quando cheguei a uma igreja predominantemente branca, vi que havia uma cegueira ali. [A maioria das pessoas] achava que a questão girava em torno apenas da diversidade: 'Se eu simplesmente tenho alguém na minha equipe que não se parece comigo, então isso já é reconciliação racial", ilustrou Morrison. Morrison destacou que a reconciliação racial nas igrejas acaba esbarrando na falta de empatia e proximidade dos cristãos e na dificuldade de lidar com as diferenças. "Quando vimos o caso da morte de Trayvon Martin [homem negro, baleado e morto por um policial branco] percebi que a razão pela qual temos essa divisão (na igreja e em outros lugares) é porque as pessoas não estão se relacionado de verdade umas com as outras. Não estamos próximos uns dos outros. Quando você não tem amizades, você forma 'pré-conceitos' sobre pessoas que são diferentes de você, culturalmente. Você não terá empatia, porque você não conhece ninguém que se pareçe com o que você idealiza", destacou. Inspiração; Morrison não hesitou em afirmar que sua inspiração para este ministério é bíblica e compartilhou um versículo-chave que; "Um dos versos fundamentais para o projeto "Be the Bridge" está em João 17, que diz que devemos ser um, para que o mundo saiba quem é Jesus. O coração de Jesus não anseia em nos ver sendo sempre os mesmos. Podemos ser unicamente quem ele nos criou para ser e ainda sermos um, porque a unificação nem sempre parece um acordo. Significa colocar o evangelho de Jesus no centro de tudo o que fazemos. Isso é o que tentamos fazer no "Be the Bridge": colocar no centro de tudo, a conversa sobre Jesus", contou. "Eu acredito que o corpo de Cristo é o único lugar que está equipado para fazer isso e fazê-lo direito. Nosso objetivo é ser quem Deus nos criou para ser - esse testemunho é credível para sua glória em relação à reconciliação racial. Todos nós somos criados à sua imagem. Somos chamados a amar o nosso próximo, independentemente de quem eles são ou com quem eles se parecem. Isso é algo que se tornou clichê, mas no 'Be the Bridge', queremos que a Igreja seja exatamente isso", afirmou. Falando sobre a atual conscientização dos evangélicos com relação ao combate ao racismo, Morrison reconheceu que este contexto tem apresentado progresos, mas reforçou que ainda há muito a ser feito. "Eu acho que há mais consciência, houve um pequeno movimento, mas talvez não tanto movimento como eu gostaria de ver. Ainda há muitos fatores de 'blindagem', e nós vimos isso em 2016. Eu acho que tem havido uma mudança. Não estamos no mesmo lugar em que estávamos nos anos 60, 50 ou 40", ressaltou."Por exemplo, muitas pessoas que participam do 'Be the Bridge' adotaram crianças e têm uma família transracial. Seus olhos estão abertos e eles experimentam a vida através dos olhos de seus filhos. Eles percebem como seus filhos são tratados de maneira diferente, como as suposições são feitas sobre eles, como seus filhos não podem receber o benefício da dúvida ou como eles são acusados de roubar apenas porque eles são negros", contou. "Essas famílias estão vendo a dinâmica de nossos preconceitos de cultura sendo descartados e vêem isto em suas famílias".

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