UM CRISTÃO PODE BEBER? - BISPO WALTER MCALISTER COMENTA
No período de carnaval, muitas igrejas buscam um local para fazer seus
retiros espirituais. Longe das festas e comemorações seculares. Mas, algumas
igrejas podem fazer diferente e “ousar” no evangelismo, por meio de blocos de
carnaval gospel. Abordando esse assunto, Walter McAlister, Bispo Primaz da
Aliança das Igrejas Cristã Nova Vida, publicou sua opinião em seu canal no
YouTube. “Eu sei que existe isso, mas... Primeiro, carnaval é o que? É a festa
da carne. Ela é pautada pela libertinagem. Ela é escorada por práticas espíritas.
Tanto que no Marquês de Sapucaí, antes de começar a festa do carnaval, as mães
de santo vão lá, varrem tudo e abrem alas para que os espíritos se manifestem”,
conta o líder. “Pode ter terreiro evangélico? Não, não pode ter terreiro
evangélico. Pode fazer um despacho evangélico? Não, não pode fazer. O Evangelho
não é como se fosse uma receita que você pode colocar em qualquer tipo de forma
que sai um bolo cristão”, alertou. Contextos para o Evangelho Segundo Walter, o
Evangelho encarna com o modo de viver. “Há certas coisas e certos contextos
para o Evangelho que são impróprios. O Evangelho não é só uma mensagem. Ela
incorpora, ela encarna com o modo de viver”, disse. “Então, o show evangélico,
um desfile evangélico, uma rave evangélica. Gente, estamos usando formas do
mundo e olhe, a forma faz parte. O Marshall McLuhan dizia que o meio é a
mensagem, né? Esse profeta da mídia canadense do século passado, ele disse que
o meio é a mensagem”, pontuou. Impróprio “Não é só o que você diz, é como você
diz algo. Não é só você pregar o Evangelho, é como você prega o Evangelho. E
rebolar numa avenida não é evangelismo não. Me desculpe. Não é. Creio que seja
um contexto impróprio para o Evangelho. Assim como apagar as luzes, botar
luzes, estroboscópios, todo mundo pulando e dançando, também não é um contexto
para o louvor. E há pessoas que chama isso de louvor gospel. Pelo amor de Deus!
Perdemos a noção do ridículo”, disse. “Nessa ânsia de sermos relevantes para o
mundo, nós nos tornamos paradoxalmente profundamente irrelevantes e pouco
cristãos”, finalizou.