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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

A LIÇÃO DE SÓCRATES FRENTE UMA MÍDIA DILUIDORA DE ILUSÃO É PRECISO MAIS DO QUE NUNCA QUE OS CRISTÃOS LEVANTEM A BANDEIRA DA BUSCA PELA REALIDADE. POR VICTOR SANTOS

Na Apologia de Sócrates, livro de Platão, onde se narra a defesa de Sócrates frente seus acusadores, percebe-se que o grande filosofo Sócrates só encontra um meio para se proteger perante o tribunal: narrando sua biografia, contando sua história. Até porque o filósofo estava sendo acusado de diversas mentiras, uma imagem deturpada de Sócrates se espalhou pela sociedade e a ilusão ganhou motivo de credibilidade e foi diluído-se na crença geral. Logo, o famoso autor da frase “só sei que nada sei“; não sabia quem de fato eram os seus reais acusadores, pois as inverdades já tinham tomado conta do senso comum. Como mudar isso? Ora, o que resta a fazer é Sócrates ser o que sempre foi, ele narra o que fez de fato – a realidade de sua história. Aqui reside um dos temas fundamentais do platonismo: aparência x realidade. Uma coisa é o mundo das ilusões sociais ou ilusões culturais, e outra coisa é o mundo dos fatos historicamente documentados, a realidade. Dito de outra maneira, por baixo da realidade de ilusões, mentiras criadas e pura linguagem – existe o mundo dos fatos assistidos, testemunhado, o concreto. Então, resta a Sócrates narrar a sua vida. Os seus discípulos que o acompanharam, eram as úncias testemunhas do fato narrado, pois eram os únicos que partilharam de sua vida e acompanharam a sua trajetória, os demais sabiam o que sabiam pelo falatório. Praticamente todos se baseavam no ilusório. Agora, quantos dos que estavam baseados no mundo da ilusão social desejaram saber a verdade? Parece que em nossos dias esse dado social não deixa de ser comum. O que a as pessoas pensam uma das outras? O que pensam das instituições, da religião, da crise, da política, do jornalismo ou do mundo? De modo geral, a sociedade é uma reprodutora de falatórios, baseada em linguagem e informações sem fundamento. Basta uma reportagem ser transmitida na Globo para ganhar toda a credibilidade do mundo. Basta um artista famoso fazer um comentário sobre qualquer assunto que todos acham um máximo e dizem “é isso mesmo“. Basta qualquer frase ou informação ser bem compartilhada nas redes sociais para ganhar autoridade e fundamentar a opinião da galera. Ninguém sabe quem é o redator da reportagem, ninguém sabe a história ou os interesses do artista global que faz o comentário e ninguém se preocupa em saber a fonte das informações das redes sociais. Ou seja, assim como no caso da Apologia, ninguém sabe quem são os reais acusadores de Sócrates, só se sabe que o senso comum diz o mesmo a respeito dele. Todos sabem falar de um assunto, mas ninguém sabe de onde veio as informações que formam sua opinião, e mais, se essa opinião é de fato a verdade. Um falatório toma a cabeça das pessoas com um rapidez tremenda, mas de onde vem a opinião que forma suas posições? Isso ninguém sabe, tudo é reproduzido sem senso crítico. Já sabemos que a mídia é um grande meio de formação de opinião, ela que apresenta para as pessoas informações e determina o grande assunto do momento. Ela é a grande diluidora linguagem dos últimos tempos. Sendo assim, se o que ela fala é ilusório, a grande massa da população acreditará no ilusório e defenderá com força a mentira como verdade – que é o que acontece com constância. Mas, a Mídia não é um ente. Ela não é um ser próprio com opinião própria. A mídia é feita por pessoas, os jornais são comandados por redatores, tem gente quem tem grana e banca o que deverá ser transmitido, por isso a mídia é o meio que dilui a informação, agora quem são os protagonistas? Quem são os acusadores? Bom, só sei que nada sei… A lição que podemos ter com essa reflexão é simples, a sociedade em geral não está preocupada com a realidade, ninguém quer saber como os fatos realmente aconteceram, mas reproduzem o falatório global. Grande parte das pessoas aceitam o comentário “são todos ladrões, vamos ficar com esse que é ladrão mas pelo menos faz alguma coisa“. Um absurdo! São pessoas que sentem-se distantes do que se acontecem em Brasília, do que se acontece nas reuniões de líderes religiosos e que não são testemunhas nem quem está passando a mão no seu dinheiro. Sabem do falatório, dos rumos, do aparente. Tomando a mentira como verdade – e quem deseja saber qual é a realidade? A filosofia faz perguntas para a busca da verdade. Aos cristãos, que não gostam muito desse papo de filosofia e Sócrates, têm a teologia que estuda a própria Verdade (Jesus Cristo) – o estudo do Deus que se revelou. O fato curioso é que Jesus, aquele que fez o bem, curou enfermos, perdoou pecados e estava salvando pessoas, foi acusado de blasfemar contra as autoridades e de perverter a ordem. E por isso, foi crucificado, onde a grande a maioria das iludas pessoas gritaram “solte Barrabás“, um bandido, ao invés de Jesus. Pensavam todos eles que Cristo era pior que um bandido? Sim, pensavam. O senso comum sabe as coisas por falatório e os discípulos eram as únicas testemunhas da vida e realidade de Jesus. Sendo assim, o sábio é aquele que deseja saber a realidade! Que busca a verdade, que aceita os fatos como são, não os pervertem nem os manobram, tão pouco usam o que tem para maquiar as coisas como são. É preciso mais do que nunca que os cristãos levantem a bandeira da busca pela realidade, pois a Mídia é um exemplo de diluidora de mentiras e ilusão para as pessoas, precisamos levantar a voz e apresentar os fatos, testemunhar o concreto, mostrar o percurso das fontes. E sim, isso é um caminho de martírio.

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